quinta-feira, 11 de julho de 2013

Tomada da Bastilha

 
José Carlos, meu irmão, postou há alguns dias uma interessante comparação entre as manifestações populares de 1963 e de 2013, às quais resolvi acrescentar esta introdução para aumentar o escopo e confirmar a tese de que a humanidade tende a repetir erros históricos por falta de caráter ou de memória.
 
Na França, 14 de julho é um feriado nacional conhecido como “Fête de La Fedération”, ou como a Queda da Bastilha em outros idiomas. O evento provocou uma onda de reações pela França, Europa e por todo o mundo ocidental. Liberté, Egalité, Fraternité, o slogan da revolução, ultrapassou o século XVIII e se tornou o grito de ativistas em prol da democracia e da derrubada de governos opressores e tiranos em todo o mundo.
Durante o reinado de Luís XVI, a França passava por uma grande crise financeira, desencadeada pelo custo militar, e exacerbada por altos impostos de um sistema injusto e desigual que sobrecarregava o povo e só favorecia o rei e a nobreza, minoria privilegiada que não ultrapassava 2% da população.
A burguesia, ou classe média, se reorganizou sob a forma de uma Assembleia Nacional com o propósito de estabelecer uma constituição. O rei, que a princípio se opôs, acabou obrigado a reconhecer o poder da Assembleia Nacional Constituinte.
Paris estava à beira da insurreição e, nas palavras de François Mignet, “intoxicada com liberdade e entusiasmo”, mostrando amplo apoio aos anseios populares. A imprensa publicava os debates realizados na Assembleia, e a discussão política acabou se espalhando para as praças públicas e salões da capital.  
Em 1963, tivemos as LIGAS CAMPONESAS e TREINAMENTO EM CUBA. Os EUA eram o “inimigo capitalista”, enquanto Che e Fidel eram amigos condecorados pelo presidente Jânio Quadros. Jango, Brizola, Arraes, Julião e outros mais eram os fanfarrões. O presidente comunistóide, casado com mulher bonita, fez o discurso da Central, incentivando a desobediência dos sargentos. As notícias eram divulgadas por rádios, jornais e uma TV incipiente.
Em 2013, temos o MST, PT, CUT, CGT e ESTUDANTES EM CUBA. Os EUA ainda representam a “ameaça capitalista”, enquanto Fidel, Evo, Maduro, Ahmadinejad et caterva são os amigos de hoje. Lula, Dilma, Dirceu, Renan, Sarney e Cia. são mais do que fanfarrões. A presidanta posteficada, com a popularidade despencando, é vaiada por prefeitos em Brasília, e articula greve geral das centrais sindicais para protestar contra o seu governo (sic). As notícias tem divulgação imediata pela Internet, redes sociais, TV de alta definição por satélite, além do rádio e jornais.
Em ambos os casos, encontramos um governo de esquerda, populista, muito incompetente e com o apoio de políticos fisiológicos e oportunistas, sindicatos, esquerda festiva, conivência de religiosos (antes católicos reacionários, hoje evangélicos mercenários), com oposição fraca, impostos altíssimos e retorno da inflação, com a classe média pagando a conta e a nação à beira da insurreição.

·        Em 1789, foi a Bastilha.
·        Em 1964, tivemos a Ditadura Militar.
·        Em 2014, vamos escolher o quê ?

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