quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

SALIGIP


 

 
 
 
 
Lendo a crônica de Luiz Alca de Sant’Anna*, publicada no jornal A Tribuna de hoje (18/12/13) e intitulada “Inveja: pequena ou grande?”, como sempre muito bem escrita, fiz uma agradável viagem no tempo.
Há mais de meio século, quando estudava no Colégio Diocesano Santo Antonio – IDESA – em Taubaté, SP, aprendi, com o Padre Ministro, que eram sete os pecados capitais: soberba, avareza, luxúria, ira, gula, inveja e preguiça. O acróstico mnemônico, então utilizado, grudou de tal forma na minha lembrança, que ainda o tenho presente depois de sessenta anos: SALIGIP.
O artigo de hoje sobre a inveja me fez recordar as aulas de religião, onde havia sempre um Deus implacável e a ênfase recaia sobre o que não deveria ser feito para evitar os pecados e as consequentes penas. Hoje, acho que se praticava terrorismo contra aquelas crianças assustadas, em que pesem as boas intenções dos catequistas.
Agora, no outono da vida, mais tranquilo como o índio velho que já viu quase tudo e não se surpreende facilmente, com mais experiência e generosidade, resolvi reescrever aquele pedaço da minha história por uma ótica de otimismo realista, deslocando a ênfase do pecado para a virtude. É muito mais atraente saber o que ganho fazendo as coisas certas, do que o que perco ao praticar o que é errado.
Assim, faremos a série SALIGIP nas primeiras semanas de 2014, falando sobre as virtudes que se opõem aos pecados capitais, com o objetivo de repensar o assunto e compartilhar algum material ameno para reflexão na temporada de férias escolares.
Desejamos a todos um Santo Natal e muitas alegrias, felicidade, paz e saúde no Ano Novo !
 
Bene


 

domingo, 10 de novembro de 2013

Pensando na morte para viver melhor*

 
Hoje, na minha leitura matutina do jornal, encontrei um bom artigo de Paulo Coelho, que confesso não ser um dos meus autores preferidos. Entretanto, creio que o assunto merece ser compartilhado por se tratar de uma reflexão rara e oportuna. Transcrevo alguns trechos:
“Creio que esta minha coluna é lida em, aproximadamente, 3 minutos. Pois bem: segundo as estatísticas, neste espaço de tempo irão morrer 300 pessoas e outras 620 nascerão.
Talvez eu demore meia hora para escrevê-la: estou concentrado no meu computador, com livros ao meu lado, ideias na cabeça, carros passando lá fora. Tudo parece absolutamente normal à minha volta; entretanto, durante estes 30 minutos, 3 mil pessoas morrerão e 6.200 verão, pela primeira vez, a luz do mundo.
Onde estarão estas milhares de famílias que apenas começaram a chorar a perda de alguém ou rir com a chegada de um filho, neto ou irmão?”
“Que coisa. Uma simples estatística, que olhei por acaso, e de repente estou sentindo essas perdas e esses encontros, esses sorrisos e essas lágrimas. Quantos estarão deixando esta vida sozinhos, em seus quartos, sem que ninguém se dê conta do que está acontecendo? Quantos nascerão escondidos e serão abandonados na porta de asilos ou conventos?” 
“As pessoas pensam muito pouco na morte. Passam suas vidas preocupadas com verdadeiros absurdos, adiam coisas, deixam de lado momentos importantes. Não arriscam, porque acham que é perigoso. Reclamam muito, mas se acovardam na hora de tomar providências. Querem que tudo mude, mas elas mesmas se recusam a mudar.
Se pensassem um pouco mais na morte, não deixariam jamais de dar o telefonema que está faltando. Seriam um pouco mais loucas. Não iam ter medo do fim desta encarnação – porque não se pode temer algo que vai acontecer de qualquer jeito.”  
Espero que você, leitor, tenha chegado até aqui. Seria uma bobagem assustar-se com o título, porque todos nós, cedo ou tarde, vamos morrer. E só quem aceita isso está preparado para viver. 
 
* AT-Revista Ed.467 - 10nov2013

terça-feira, 5 de novembro de 2013


 
Como Rolim Adolfo Amaro criou a TAM e sua filosofia de negócios. 

Quando me emprestou esse livro, que ganhou do filho Flavinho, meu irmão José Flávio fez uma declaração bombástica: “Pela primeira vez consegui ler, em menos de três meses, um livro de 400 páginas. A história do Rolim e a forma como o livro a apresenta, prendem o leitor”.
Esse é o relato sem retoques de uma das mais impressionantes trajetórias do cenário empresarial brasileiro, a do Comandante Rolim Amaro. De autoria do jornalista e romancista Thales Guaracy, O sonho brasileiro acompanha a intimidade e a vida profissional de um administrador carismático e visionário. Protagonista da história econômica do país, Rolim dava supremo valor ao ser humano e ao que julgava essencial a seu sucesso: sonhar.
Nascido em 15/09/1942, numa família de poucos recursos na região de Pereira Barreto, SP, não concluiu os estudos para começar a trabalhar ainda muito jovem. Fez de tudo e passou necessidades, mas sempre foi um sonhador obstinado. Aprendeu a voar, mascateou no Araguaia, foi piloto da Vasp, onde não ficou mais de seis meses. Voltou a pilotar táxi aéreo onde conheceu grandes empresários, muitos dos quais se tornaram seus amigos e apoiadores.
De último piloto na escala do Táxi Aéreo Marília, passou a dono da TAM que superou a VARIG e chegou a ter mais de uma centena de jatos, com faturamento superior a um bilhão de dólares, quando desapareceu em acidente fatal com o helicóptero que pilotava, na região de Pedro Juan Caballero, no dia 06/06/2001.
Meu irmão tinha razão. O livro é tão bom e o estilo da narração tão forte, que não levei mais do que sete dias para dar conta do livro que agora recomento.
Valeu a pena. 
 

ISBN 85-89876-02-0

 

domingo, 8 de setembro de 2013

Quando eu ficar velho...




Quando ficar velho, quero usar púrpura
Com chapéu vermelho, que não combina e fica ridículo em mim.
Vou gastar o dinheiro que tenho em uísque,
Usarei luvas no verão, e me queixarei que falta manteiga em casa.
Vou sentar-me no meio-fio quando estiver cansado.
Comerei todas as ofertas do supermercado.
Tocarei as campainhas dos vizinhos,
Arrastarei meu guarda-chuva nas grades da praça,
E só assim me sentirei vingado por ter sido tão sério durante a minha juventude.
Vou andar de chinelos, arrancar flores do jardim dos outros,
E vou cuspir no chão, usar roupas horríveis e engordar sem culpa.
Comerei um quilo de salsichas no almoço, ou passarei a semana com picles no pão. 

Mas, enquanto ainda sou jovem, tenho de ser sério,
Preciso de um tipo de roupa que me deixe seco em caso de chuva,
Tenho que pagar água, luz e aluguel, e não posso dizer palavrão na rua.
Preciso ler jornal e estar informado, sempre conectado,
E convidar meus conhecidos para jantar.
Por isso, quem sabe, eu não deveria treinar desde agora?
Assim, ninguém vai ficar chocado,
Quando, de repente, eu ficar velho
E começar a usar púrpura...

 
 

Adaptação de poesia traduzida por Lya Luft, e extraída  
do livro QUNDO ENVELHECER QUERO USAR PÚRPURA

 

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Férias de outro mundo

 


Para comemorar nosso vigésimo aniversário de casamento, Myrta e eu decidimos viajar. O plano original, de Las Vegas e Vale de Sonoma, acabou evoluindo para Serras Gauchas e Vale dos Vinhedos. Bom, bonito e muito menos dispendioso.
Fizemos uma viagem maravilhosa, onde tudo correu bem, sem nenhum estresse. Raramente ultrapassamos os 80 km/h com o carro alugado, mesmo na BR, para aproveitar o clima e admirar a paisagem e as peculiaridades locais.
A sensação era a de que nos encontrávamos em outro país, limpo, disciplinado, ordeiro e com a prática diuturna da cidadania. As pessoas se mostram cordiais, sem servilismo. Os veículos param efetivamente nas faixas, respeitando a preferência dos pedestres. As praças são floridas e as ruas bem cuidadas. Os horários são cumpridos. As coisas funcionam e os sanitários são limpos. Não se encontra mendicantes nem cães vadios. Há uma mística compartilhada por todos de que “sempre haverá emprego para quem realmente deseja trabalhar”. Para quem não quiser trabalhar, a polícia “dá um jeito” (sic).
O bom tempo prevaleceu e a sensação térmica variou de 29° a 1°, sem falar que, no Mundo Gelado, experimentamos a dolorosa sensação de – 15°.
Passamos por uma dezena de lugarejos bucólicos, que em muitos aspectos fazem lembrar a velha Europa. Nossos pontos de hospedagem foram Nova Petrópolis, Canela/Gramado e Bento Gonçalves.
Conhecemos restaurantes imperdíveis: Colina Verde, Belle Du Vallais e Maria Valduga, cada qual com sua especialidade, mas todos igualmente notáveis.
Trouxemos poucos presentes, mas muitas lembranças agradáveis.
Recomendamos mais esse roteiro: SERRAS GAUCHAS.
 

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Banalidade do Mal *


 
O filme "Hannah Arendt", da Diretora Margarethe von Trotta, conta um período da vida da escritora e filósofa judia alemã,  Hannah Arendt, exilada nos EUA e que foi à Jerusalém cobrir o célebre julgamento do nazista Adolf Eichmann, sequestrado na Argentina pelas forças de Israel.  
          Hannah escreveu inicialmente alguns instigantes e contestadores artigos sobre esse evento, na "Revista New Yorker", que depois foram editados sob a forma de Livro, publicado em 1963, "Eichmann em Jerusalém”. 
          Quando saíram os artigos e quando foi editado o Livro, a autora foi execrada por meio mundo, principalmente pela comunidade judia, pela abordagem estritamente pessoal e inovadora que deu ao caso!   A autora defendeu a tese de que Eichmann não era o monstro que todos pintavam, mas um burocrata medíocre, que apenas desempenhou com diligência, a tarefa e a logística de embarcar 6 milhões de judeus nos trens, para a morte nos campos de Auschwitz.  Sem qualquer viés ideológico ou racista, mas simplesmente porque assim exigiam as regras e funções de seu posto! 
         E assim fazia porque ele, Eichmann, como também grande parte da sociedade alemã e europeia da época, inclusive alguns líderes das comunidades judias, simplesmente DEIXARAM DE PENSAR e, assim, abriram mão de sua "HUMANIDADE", tornando-se autômatos - sem ligações e relações com o Bem e o Mal -  nas mãos de um Sistema de Poder escravizante e alienante.
        O grande pecado de Eichmann não foi enviar multidões de judeus para as câmaras de gás, mas, sim,  DEIXAR DE PENSAR,  perdendo sua condição HUMANA e se colocando acima ou à deriva do Bem e do Mal!  O que ela chamou de "A Banalidade do Mal". 
        Fico impressionado com a semelhança e a aplicabilidade das teorias de Hannah Arendt à nossa atual ambiência brasileira, onde nossas Instituições, nossos Poderes, nossos Políticos e nossa Sociedade, estão agindo exatamente como agiram essas mesmas Instituições, na era Hitler! 
        Os nossos "Eichmann´s"  podem perfeitamente ser identificados como um Lulla, um Gilberto Miranda, como esses políticos do PT apóstata e seus aliados que, são pessoas medíocres e sem qualquer qualidade significativa, mas que, simplesmente DEIXARAM DE PENSAR e perderam a sua HUMANIDADE, estando acima ou à deriva do Bem e o Mal! 
        Seus grandes pecados pelos quais devem ser condenados, como o foi Eichmann, não são os mensalões, os superfaturamentos, a escravização da população, os roubos explícitos e o mau uso que fazem do dinheiro público, mas sim,  a sua PERDA DO PENSAR e DA HUMANIDADE, os únicos requisitos que nos distinguem dos animais! 
        Essa condição com que esses atores se revestiram e que, aos poucos, vai sendo disseminada e induzida como padrão para toda a população brasileira, constitui-se como a terrível Institucionalização da  "Banalidade do Mal", nos transformando em verdadeiros autômatos - acima do BEM e do MAL - sob a batuta não se sabe bem de quem, talvez dos poderosos Sistemas dos chamados "Governos Mundiais", ou do "Sistema Financeiro Mundial" !...      
      E então : já pensou em que grau a perda do "pensar" e da "humanidade" já chegou perto de você,  colocando-o como membro emérito da "Banalidade do Mal",  acima do Bem e do Mal ? 
 
*Texto de Márcio Dayrell Batitucci enviado pelo amigo Flavio Musa
 

domingo, 28 de julho de 2013

Francisco, o papa sorriso


O papa, que se despediu hoje do Brasil, mostrou que começou a cumprir a missão que delegou para si, que é renovar e modernizar a Igreja Católica, atrair novos fiéis e reconquistar aqueles que se dizem católicos, mas não sabem o que se passa na sua paróquia. Trata-se de uma tarefa nada fácil nas mãos de um condutor que precisa ser corajoso para os desafios que surgirão. É um caminho longo e Francisco precisará de mais tempo para provar ser capaz de vencer essa trilha. Um de seus títulos honoríficos, o de pontífice significa construtor de pontes.
Ele demonstrou grande carisma, puxando a população para si e se livrando da pompa da própria Igreja e do luxo oferecido pelo Estado. Depois da popularidade de João Paulo II e da cultura teológica de Bento XVI, Francisco quer ser lembrado como o papa da simplicidade e do resgate das origens do cristianismo, que é a ajuda aos pobres e alijados da sociedade, como os viciados e outras minorias discriminadas.
Ele fez uso frequente da linguagem coloquial e recorreu ao “bote fé” dos cariocas para empolgar os participantes da Jornada Mundial da Juventude, mas com um apelo à retomada da espiritualidade nas celebrações e no dia a dia. Francisco pediu aos jovens dedicação à Bíblia e condução da vida com novos olhos, mas sob a perspectiva de Jesus. Ensinou que um povo só tem futuro se considerar igualmente os dois extremos da vida: os jovens que tem a força, e os idosos que possuem a sabedoria da vida, da história, da pátria e da família.
Sendo também um Chefe de Estado, teve habilidade suficiente para priorizar o papel de líder religioso e não se deixar enredar pelo marketing político governamental que tentou pegar carona nos holofotes que o mantiveram em evidência mundial por uma semana no Brasil, enquanto manteve um sorriso benevolente ao se relacionar com o povo nas ruas.
Em sua visita o papa passou uma imagem de Igreja mais inclusiva e democrática, aberta a todos. Contudo, é preciso sintonizar o discurso e o que se tem hoje. Também se deve lembrar que Francisco, que é líder de uma instituição com virtudes e falhas, terá que desenvolver um longo processo paralelo de convencimento dos padres, bispos e cardeais de que é preciso mudar para sobreviver aos novos tempos.
Reforçando um pedido que o papa fez mais de uma vez, oremos para que tenha êxito!
 

sábado, 27 de julho de 2013

Todos são iguais perante a lei

 
Assistindo ao noticiário, vi mais uma manifestação indígena onde representantes de diversas tribos reivindicavam direitos e acusavam o homem branco pela falta de recursos e doenças exógenas à sua cultura. Ora, se vivem como o homem branco, usam suas roupas, assistem TV, contraem DST nos bordéis e enchem a cara de pinga, já não são mais índios. Estão aculturados, assim também como os quilombolas e outras minorias.
Que me perdoem os assistencialistas de plantão, os poucos idealistas bem intencionados e os muitos oportunistas políticos que, sem se importar realmente, defendem as minorias demagogicamente num maquiavelismo tácito.
Segmentar a sociedade atribuindo cotas ou criando guetos é promover a segregação sob a tutela de legislação discriminatória. Protecionismo estatal, ONGs, igrejas, associações, sindicatos e todas as formas de corporativismo tendem a excluir “os outros” e nos afastam da necessária inclusão social, condição básica para a igualdade. Mormente num mundo globalizado onde estamos todos conectados.
Não existe sangue amarelo, branco ou preto. Sangue é igualmente vermelho para todas as pessoas. Eu proponho uma ação de defesa da “raça humana”, onde todos devem ter os mesmos direitos e responder pelos mesmos deveres. E isso inclui, além da classe média, pobres e ricos, brancos e pretos, índios, gays, jovens, idosos e, especialmente, os políticos. Gaia merece uma ação holística onde todos, de alguma forma, sejam responsáveis por todos.
Antes de cobrar direitos das autoridades, cada um deve estudar, descobrir suas competências, desenvolver suas habilidades, disputar seu lugar no mercado e trabalhar para contribuir com o bem comum e prover o seu sustento. É a meritocracia que deve distinguir os mais capazes, é o desafio que definirá o caráter dos vencedores, independentemente de origem, classe social, crença ou etnia.
Afinal, reza a Constituição que “todos são iguais perante a lei”, mas parece que nesta terra, alguns são “mais iguais”.
 

quinta-feira, 25 de julho de 2013

 
 
 
Comemora-se hoje o dia do escritor, assim como o dia do motorista. Dentro dos variados papéis que todos jogamos na vida, também já transitei nessas áreas.
Acredito que deva existir um paralelismo simbólico entre esses afazeres, uma vez que ambos são condutores de pessoas.
Uns, pintando paisagens com palavras, liberam sonhos e fantasias nos escritos, para que os leitores lhes configurem cores particulares no recôndito de cada ser.
Outros, conduzindo pessoas e objetos no mundo real, participam da construção de um universo dinâmico, onde tudo muda e flui a cada instante.
Não tenho a pretensão de me julgar um escritor, a despeito da formação humanística, do Latim dos tempos de seminário, das faculdades, dos muitos textos, apostilas, manuais, artigos e dos livros escritos ao longo de cinquenta anos. Melhor seria o epíteto de escrevinhador para me definir.
Também não posso me arvorar como motorista embora dirija há mais de dez lustros, desde os tempos dos fordinhos, do Ford 36 com o qual tirei minha primeira habilitação, da viatura Dodge 51 – EB21.883 – que dirigi em São Paulo nos tempos de exército. Do Ford 46 usado na lua de mel, dos vários fuscas, Opalas e do Ford Galaxie 500, deles todos guardo boas lembranças e muitos quilômetros de estradas percorridas. Sempre tive interesse por veículos automotores e fui assinante de revistas nacionais e importadas para acompanhar os lançamentos de novos modelos das variadas marcas. Porém, como sempre fiquei no campo amadorístico, aqui também, um termo mais adequado poderia ser guiador.
De qualquer forma, ficam aqui os meus cumprimentos para os escritores e para os motoristas.

 

 

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Tomada da Bastilha

 
José Carlos, meu irmão, postou há alguns dias uma interessante comparação entre as manifestações populares de 1963 e de 2013, às quais resolvi acrescentar esta introdução para aumentar o escopo e confirmar a tese de que a humanidade tende a repetir erros históricos por falta de caráter ou de memória.
 
Na França, 14 de julho é um feriado nacional conhecido como “Fête de La Fedération”, ou como a Queda da Bastilha em outros idiomas. O evento provocou uma onda de reações pela França, Europa e por todo o mundo ocidental. Liberté, Egalité, Fraternité, o slogan da revolução, ultrapassou o século XVIII e se tornou o grito de ativistas em prol da democracia e da derrubada de governos opressores e tiranos em todo o mundo.
Durante o reinado de Luís XVI, a França passava por uma grande crise financeira, desencadeada pelo custo militar, e exacerbada por altos impostos de um sistema injusto e desigual que sobrecarregava o povo e só favorecia o rei e a nobreza, minoria privilegiada que não ultrapassava 2% da população.
A burguesia, ou classe média, se reorganizou sob a forma de uma Assembleia Nacional com o propósito de estabelecer uma constituição. O rei, que a princípio se opôs, acabou obrigado a reconhecer o poder da Assembleia Nacional Constituinte.
Paris estava à beira da insurreição e, nas palavras de François Mignet, “intoxicada com liberdade e entusiasmo”, mostrando amplo apoio aos anseios populares. A imprensa publicava os debates realizados na Assembleia, e a discussão política acabou se espalhando para as praças públicas e salões da capital.  
Em 1963, tivemos as LIGAS CAMPONESAS e TREINAMENTO EM CUBA. Os EUA eram o “inimigo capitalista”, enquanto Che e Fidel eram amigos condecorados pelo presidente Jânio Quadros. Jango, Brizola, Arraes, Julião e outros mais eram os fanfarrões. O presidente comunistóide, casado com mulher bonita, fez o discurso da Central, incentivando a desobediência dos sargentos. As notícias eram divulgadas por rádios, jornais e uma TV incipiente.
Em 2013, temos o MST, PT, CUT, CGT e ESTUDANTES EM CUBA. Os EUA ainda representam a “ameaça capitalista”, enquanto Fidel, Evo, Maduro, Ahmadinejad et caterva são os amigos de hoje. Lula, Dilma, Dirceu, Renan, Sarney e Cia. são mais do que fanfarrões. A presidanta posteficada, com a popularidade despencando, é vaiada por prefeitos em Brasília, e articula greve geral das centrais sindicais para protestar contra o seu governo (sic). As notícias tem divulgação imediata pela Internet, redes sociais, TV de alta definição por satélite, além do rádio e jornais.
Em ambos os casos, encontramos um governo de esquerda, populista, muito incompetente e com o apoio de políticos fisiológicos e oportunistas, sindicatos, esquerda festiva, conivência de religiosos (antes católicos reacionários, hoje evangélicos mercenários), com oposição fraca, impostos altíssimos e retorno da inflação, com a classe média pagando a conta e a nação à beira da insurreição.

·        Em 1789, foi a Bastilha.
·        Em 1964, tivemos a Ditadura Militar.
·        Em 2014, vamos escolher o quê ?

segunda-feira, 8 de julho de 2013

9 de Julho = MMDCA *



 
No dia 09 de julho, São Paulo comemora a Revolução Constitucionalista de 1932. A data, transformada em feriado civil em 1997, marcou o início de um dos principais episódios da história do estado. Sua importância está evidente em toda a cidade: duas avenidas carregam nomes que remetem à revolta (9 de julho e 23 de maio) e monumentos como o Obelisco do Ibirapuera prestam homenagens aos mártires da chamada “Guerra Paulista”. Martins, Miragaia, Dráuzio, Camargo e Alvarenga, jovens que tombaram no Largo de São Francisco em 23 de Maio, deram nome a ruas e passaram para a história como heróis paulistas.
A Revolução foi um levante armado da população de São Paulo que, entre os meses de julho e outubro de 1932, combateu as tropas do governo federal em várias frentes. A reivindicação central do movimento era a destituição do governo provisório de Getúlio Vargas, que dois anos antes assumira o poder no país, fechando o Congresso Nacional e abolindo a Constituição. O levante é chamado de “constitucionalista” porque São Paulo pedia a promulgação de uma nova constituição federal.
A empreitada militar paulista não foi bem sucedida: as tropas do estado perderam a guerra, sufocadas pela superioridade numérica e técnica do exército brasileiro. Mas sua luta não foi completamente em vão: dois anos depois, em 1934, o governo central promulgava uma nova constituição, mostrando que a revolta conseguira, ainda que tardiamente, atingir seu principal objetivo declarado.
Foi alto o custo dessa vitória moral, uma vez que o estado teve suas fronteiras fechadas e teve de improvisar a falta de recursos e armamentos. A Escola Politécnica desenvolveu implementos bélicos como um trem blindado e veículos providos de torres giratórias com metralhadoras, mas a escassez de munição levou ao recurso do uso de matracas nos combates realizados no Vale do Paraíba, Serra da Mantiqueira, Botucatu e Vale do Ribeira.
Mas o impacto da Revolução de 32 não se restringiu apenas ao campo da política: o levante foi também um dos principais marcos da formação da identidade paulista. Apoiada na ideia de que o estado é o “carro chefe” da nação, as elites locais aproveitaram o sentimento de união gerado pela revolta para reforçar seu discurso sobre o suposto “espírito” do povo de São Paulo. Dessa forma, elementos que vinham sendo construídos havia anos – como as ideias de pioneirismo e nobreza paulista – foram reforçados pelo poder ideológico da Revolução.
Além da intensa ação de recrutamento de voluntários para suplementar os quadros da Força Pública e da campanha “Dei ouro para o bem de São Paulo”, merecem destaque o Hino Paulista, com letra de Guilherme de Almeida sobre a música Paris Belfort, e o uso do rádio, então uma novidade, para noticiários, propaganda e contrapropaganda.
 

* Durante muitos anos o movimento foi conhecido por MMDC, sendo recentemente acrescentado o A de Alvarenga, que só veio a óbito algum tempo depois dos outros quatro.

 

terça-feira, 25 de junho de 2013

O Gigante Está Acordando

No ano passado, entre maio e agosto, uma série de posts sob a marca de ACORDA BRASIL tinha a finalidade de provocar reflexões políticas com vistas às eleições municipais que se aproximavam.

Com mensagens curtas mas instigantes, nosso objetivo era o de promover uma discussão mais analítica e menos apaixonada da nossa realidade política, dos nomes e competências que deveriam ser considerados merecedores do sufrágio nas urnas.

No curto prazo os resultados foram efêmeros, inclusive com o poste petista sendo eleito em São Paulo. Mas, um ano depois, a realidade se mostra outra e muito mais alvissareira. Mensaleiros condenados, povo nas ruas em manifestações apartidárias justíssimas e tirando o sono da estrutura governamental petrificada que não como reagir, prestígio da presidente em queda e o partidão mostrando a que veio.

Começo a acreditar que a justiça tarda, mas não falha. E, só para refrescar a memória dos meus amigos leitores, publico novamente o post abaixo, redigido há exatamente um ano e publicado no início de agosto.

Saudações auriverdes, plenas de brasilidade.

 

Mais governo e menos politicagem


Governo quer dizer condução, controle, direção.
Por governo, em todas as esferas, espera-se a correta gestão da coisa pública para atender aos interesses maiores da comunidade. Os interesses individuais devem se submeter aos interesses coletivos.
A Suíça é um bom exemplo de sistema político eficaz. Os cantões têm relativa autonomia política, com regras claras, duradouras e válidas para todos. Não existem políticos profissionais, sendo que vereadores e deputados exercem seus cargos concomitantemente com suas funções particulares, sem terem remuneração parlamentar.
Os gabinetes são espartanos, o staff é diminuto e não existe reeleição nem aposentadoria parlamentar.
Nesta terra de pindorama, com a cultura cartorial e a corrupção desde a origem (degredados e expatriados foram nossos colonizadores), o que se vê é a politicagem campeando, com interesses particulares, grupais ou partidários  onerando impunemente a coisa pública.
O brado da hora é: MAIS GOVERNO E MENOS POLITICAGEM!

quinta-feira, 20 de junho de 2013

O poder emana do povo ...



O Brasil e o mundo foram surpreendidos pela reação da sociedade, especialmente dos jovens, no Movimento do Passe Livre que se rebelou contra o aumento das passagens dos transportes coletivos. Isso foi apenas o estopim de um movimento mais amplo, que levou centenas de milhares de pessoas às ruas no Brasil e no mundo, revelando insatisfação com o status quo, na semana da Copa das Confederações, o que conferiu especial visibilidade na mídia mundial.
Quando se observa que aumentam as discussões sobre a construção de uma nova comunidade, sobre o exercício da cidadania plena e acerca do empreendedorismo social, depreende-se que está ocorrendo uma mudança de paradigmas.
O atual modelo de desenvolvimento escravizado ferreamente ao econômico poderá ser, de maneira gradativa, substituído pelo negócio social entendido como a síntese concreta dos interesses da coletividade. A trajetória preconizada pelo empreendedorismo vai do privado ao político-intitucional, passando pelo social e pelo cívico.
A virtude cívica, que não se prende a quaisquer tempos e espaços, está voltada para a coisa pública, como acentuou Cícero. Para ele, a comunidade deve assumir as rédeas do seu destino e não se alienar nos poderes políticos, por melhores que sejam. Até Maquiavel, tido como o primeiro cientista político do mundo moderno a partir da Renascença, reforça o valor e a atualidade da virtude, esse dínamo que deve movimentar a sociedade a partir do cidadão consciente. É o “empowerment”, vocábulo que ainda não obteve visto definitivo de permanência na língua portuguesa, porém é de expressiva significação: investir-se do poder de se conduzir.
Não podemos concordar com a frequente definição do brasileiro como indolente, pouco capaz, de baixa qualificação, indisciplinado e que exige controle rigoroso para trabalhar. Também não é verdade que as pessoas não gostam de mudança. Warren Bennis, consultor americano, afirma que as pessoas não gostam é de ser mudadas. Quando motivadas e participantes do planejamento, não só gostam como têm demonstrado excelente capacidade de mudança e de realização, porque fazem “aquilo que desejam e em que acreditam” e não por obediência à lei ou aos outros.
Um extraordinário exemplo de eficiência e de eficácia no exercício de gestão de um evento pode ser constatado nas escolas de samba, especialmente no Rio de Janeiro. Milhares de participantes percorrem o sambódromo, com alas, fantasias, e carros alegóricos numa performance que dificilmente se consegue nas melhores e mais bem qualificadas empresas multinacionais. A se comparar com hospitais e outros órgãos da administração pública a diferença fica ainda mais arrasadora.  Com uma estrutura enxuta e constituída mais de pessoas que sabem e querem fazer carnaval, administram orçamentos fabulosos, demonstram competências empresariais como administração do tempo, autonomia (empoderamento), comunicação, criatividade, liderança, motivação, orientação para resultados, trabalho em equipe e visão estratégica. Comando, cooperação, coordenação e controle são naturalmente exercidos e as pessoas ostentam semblantes suados, mas felizes e sorridentes porque estão fazendo aquilo por convicção pessoal e não por obrigação ou obediência a leis, regras ou procedimentos escritos por estranhos. Ali, a atitude sobrepuja a técnica.
Nas empresas e no governo, onde preponderam normas e procedimentos, a técnica sufoca a atitude, com frequência infeliz.
Assim como uma águia só consegue voar com as duas asas, nossas comunidades do terceiro setor terão os melhores resultados se souberem unir o natural entusiasmo (atitude) com um mínimo de procedimentos e rotinas de boas práticas (técnica).

Aí sim, poderemos afirmar que ninguém segura este país!

quinta-feira, 13 de junho de 2013

VINHO



"Nunca fiz amigos bebendo leite, por isso bebo vinho". (Silas Sequetin)
 
"Nas vitórias é merecido, nas derrotas é necessário". (Napoleão Bonaparte)
 
"O bom vinho alegra o coração dos homens". (Sagrada Escritura)
 
"Os que bebem vinho vivem mais do que os médicos que o proíbem". (Mussolini)
 
"Cristo não consagrou a água, o leite ou a coca-cola: consagrou o pão e o vinho como alimento do corpo e do espírito". (Fernando Sabino)
 
"Agora que a velhice começa, preciso aprender com o vinho a melhorar envelhecendo e, sobretudo, escapar do terrível perigo de, envelhecendo, virar vinagre". (Dom Helder Câmara)
 
"O vinho é medicamento que rejuvenesce os velhos, cura os enfermos e enriquece os pobres". (Platão)
 
"O vinho é a parte intelectual da comida". (Alexandre Dumas)
 
"Uma barrica de vinho produz mais milagres que uma igreja cheia de santos". (Provérbio Italiano)
 
"Um bom vinho é poesia engarrafada". (Robert Louis Stevenson)
 
"Toma conselhos com o vinho, mas toma decisões com a água". (Benjamin Franklin)
 
“Não se trata de bebida, mas de um complemento alimentar” (Silvio Trindade)
 

segunda-feira, 27 de maio de 2013

DROGAS



Quando atuava como professor de Economia na Universidade de Taubaté – Unitau, além de ministrar aulas e cumprir o programa regimental, também costumava lançar algumas ideias provocativas para induzir os alunos a usar o pensamento crítico além da simples aceitação dos pontos dogmáticos do ensino tradicional.
Numa dessas ocasiões, lembro-me de ter chocado aqueles que me ouviam quando, ao fazer o costumeiro comentário das notícias do dia no preâmbulo da aula, abordei o polêmico assunto do tráfico de drogas.
A plateia, numa atitude politicamente correta, foi unânime em condenar a existência dos traficantes usando variada argumentação e se posicio0nando a favor da família, da moral e dos bons costumes.
Foi surpreendente o impacto e a inércia dos alunos boquiabertos diante da minha assertiva de que os traficantes não eram assim tão criminosos ou destruidores das famílias. Na verdade, não passavam de meros contraventores pelo fato de venderem as suas mercadorias de forma clandestina e sem fornecer nota fiscal, sonegando impostos.
Sim, porque eles só vendiam drogas porque nós e nossos filhos desejávamos comprar drogas. Se a sociedade quisesse comprar santinhos e água benta na clandestinidade, o tráfico seria de santinho e água benta.
Deixemos de ser hipócritas e vejamos a coisa pela ótica econômica que, sem chegar a ser imoral, é apenas amoral. Não existem corruptos sem corruptores, assim como não existem vendedores sem compradores. A oferta é apenas a intenção de vender.  A demanda não passa da intenção de comprar. O valor e a formação de preço só serão definidos quando houver o encontro da oferta e da procura no mercado. É a sociedade quem decide o que, quanto e por quanto serão transacionados os mais diversos produtos.
Nós e nossos filhos, que nos rotulamos de “boas famílias”, somos tão ou mais responsáveis pela criminalidade e pelos malefícios das drogas do que os traficantes, que são apenas os nossos fornecedores.
Essa é para pensar em casa.

sábado, 11 de maio de 2013

Debate por um alojamento


Em alguns templos Zen, existe uma antiga tradição: se um monge errante conseguir vencer um dos monges residentes num debate sobre budismo, poderá pernoitar no templo. Caso contrário, terá de se ir embora.
Havia um templo assim no norte do Japão dirigido por dois irmãos. O mais velho era muito culto e o mais novo, pelo contrario, era tolo e tinha apenas um olho.
Uma noite, um monge errante foi pedir alojamento. O irmão mais velho estava muito cansado, tinha estudado muito. Assim, pediu ao mais novo que fosse fazer o debate; mas que debatessem em silêncio.
Pouco depois, o viajante voltou e disse ao irmão mais velho:
“Que homem maravilhoso é o seu irmão, venceu brilhantemente o debate. Assim, devo ir-me embora. Boa noite.”
“Antes de partir”, disse o ancião, ”por favor, conte-me como foi o final do diálogo.”
“Bom”, disse o viajante, “primeiramente, ergui um dedo simbolizando  Buda. O seu irmão levantou dois dedos, Simbolizando Buda e os seus ensinamentos. Então ergui três dedos, Para representar Buda, os seus ensinamentos e os seus discípulos. Aí, o seu inteligente irmão sacudiu o punho cerrado à minha frente, Indicando que todos os três vêm de uma única realização.”
Dito isso, o viajante partiu. Pouco depois, veio o  irmão mais novo parecendo muito aborrecido.
“Já soube que você venceu o debate”, disse o mais velho.
Que nada!”, disse o mais novo, “este viajante é um homem muito rude”.
É?”, disse o mais velho, “Conte-me como foi no debate.”
Ora!”, exclamou o mais novo, “no momento em que me viu, levantou um dedo insultando-me, indicando que tenho apenas um olho. Mas por ser um estranho achei que deveria ser educado. Ergui dois dedos congratulando-o por ter dois olhos. Nisto, o miserável  mal educado, levantou três dedos para mostrar que nós, os dois, tínhamos 3 olhos. Então fiquei louco e ameacei-o de lhe dar um soco no nariz – assim ele se foi.”
O mais velho sorriu.

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Singularidade


 Antigamente o mundo parecia bem mais simples; todo jovem era igual, os cidadãos adultos se encaixavam dentro de certos paradigmas razoáveis e todo velho era considerado inútil. Hoje, tudo mudou.
Temos os jovens das gerações X, Y e Z com características distintas. O mercado de trabalho, altamente complexo e com participação crescente da mulher também se transformou. E os idosos, da terceira (ou quarta) idade, ainda trabalham, dirigem, namoram, fazem sexo, velejam e postam mensagens como esta nos seus Blogs.
No Brasil dos anos setenta, quando nossa pirâmide populacional ainda apresentava base alargada e pico afilado, a população era dividida em três categorias: muitos jovens, adultos trabalhadores e poucos velhos. Hoje, a pirâmide assumiu a forma de mitra, com o estreitamento da base e o crescimento da terceira idade com muito mais exigências e potencialidade do que antes.
Somos sete bilhões de habitantes na espaçonave Terra, cada um diferente do outro, com nossas próprias personalidades, nossas crenças e nossas experiências. Não podemos ser aprisionados em categorias uniformes, apenas com base em critérios etários que ditam normas de expressão e relacionamento ultrapassados, desconsiderando toda a singularidade individual.
Como somos indivíduos, há uma lógica inteligente: somos singulares, cada um diferente do outro por nossa vivência, formação e personalidade. Singularidade é um ponto de mutação. Singularidade é o ponto onde todas as leis falham. Uma nova ordem, um novo equilíbrio emerge a partir da singularidade.
Pensar velhice hoje é romper paradigmas firmados apenas na cronologia do curso da vida e na atribuição de significados homogêneos a ela. Como bem diz o Prof. Mário Sérgio Cortella:  “Gente não fica velha. Quem fica velho é automóvel, geladeira e sapato. Gente fica pronta!”