Com mensagens curtas mas instigantes, nosso objetivo era o de promover uma discussão mais analítica e menos apaixonada da nossa realidade política, dos nomes e competências que deveriam ser considerados merecedores do sufrágio nas urnas.
No curto prazo os resultados foram efêmeros, inclusive com o poste petista sendo eleito em São Paulo. Mas, um ano depois, a realidade se mostra outra e muito mais alvissareira. Mensaleiros condenados, povo nas ruas em manifestações apartidárias justíssimas e tirando o sono da estrutura governamental petrificada que não como reagir, prestígio da presidente em queda e o partidão mostrando a que veio.
Começo a acreditar que a justiça tarda, mas não falha. E, só para refrescar a memória dos meus amigos leitores, publico novamente o post abaixo, redigido há exatamente um ano e publicado no início de agosto.
Saudações auriverdes, plenas de brasilidade.
Mais governo e menos politicagem
Governo quer dizer condução, controle, direção.
Por governo, em todas as esferas, espera-se a correta gestão da coisa pública para atender aos interesses maiores da comunidade. Os interesses individuais devem se submeter aos interesses coletivos.
A Suíça é um bom exemplo de sistema político eficaz. Os cantões têm relativa autonomia política, com regras claras, duradouras e válidas para todos. Não existem políticos profissionais, sendo que vereadores e deputados exercem seus cargos concomitantemente com suas funções particulares, sem terem remuneração parlamentar.
Os gabinetes são espartanos, o staff é diminuto e não existe reeleição nem aposentadoria parlamentar.
Nesta terra de pindorama, com a cultura cartorial e a corrupção desde a origem (degredados e expatriados foram nossos colonizadores), o que se vê é a politicagem campeando, com interesses particulares, grupais ou partidários onerando impunemente a coisa pública.