sábado, 22 de novembro de 2014

Dez Mandamentos


Degelo na Antártida, Ebola na África, guerras no oriente, tiros em Columbine, socialismo moreno na América Latina, Foro de São Paulo, fraude eleitoral, mensalão, petrolão e quejandos me fazem pensar que está chegando o fim do mundo.
Com inundações no nordeste e estiagem no sudeste, parece que o mundo está de cabeça para baixo. A Natureza, tão violentada pelo bicho homem, se mostra descontrolada. Drogas, violência, criminalidade, impunidade e a nova moda de correr pelado pelas ruas e parques parecem indicar uma substancial subversão dos valores tradicionais.
Mas, o homem é o bicho do homem. Tudo poderia ser muito melhor, mais harmônico, saudável e feliz, sem necessidade de termos prisões, juízes, promotores, delegados, policiais e código penal. Sábios princípios de higiene, educação, convivência familiar e respeito à natureza podem ser encontrados nos livros do Eclesiastes e Eclesiástico, no antigo testamento da Bíblia. Bons conselhos e hábitos saudáveis que nos foram ensinados por nossos pais e avós, quando respeito era maior do que o hedonismo.
Todo um complexo conjunto legal e penal poderia ser totalmente dispensado se a humanidade conhecesse e se dispusesse a praticar apenas os 10 Mandamentos.
A propósito, você se lembra quais são?
 
 

sábado, 1 de novembro de 2014

Marina - a mulher do jardim !



Em meio à acirrada campanha eleitoral entre PSDB e PT, recebi um presente do meu filho Gabriel. Era uma biografia de Maria Osmarina Marina da Silva Vaz de Lima, controvertida personagem do cenário político, que foi superada por Aécio Neves no primeiro turno, de forma surpreendente.
A biografia de uma candidata fora do páreo não me despertou grande interesse no momento. E esse foi mais um livro para a minha pilha de espera de leitura, de onde saiu após o decepcionante resultado das urnas divulgado pelo TSE.
Da dedicatória, destaco o seguinte: “O que posso é desejar que esse símbolo de mudança no nosso cenário político seja mais uma inspiração para quem me ensinou a nunca deixar de aprender, mudar e eternamente evoluir”. Em pouco mais de sete dias, devorei de maneira sôfrega, mas ao mesmo tempo analítica, as poço mais de duzentas páginas do livro escrito por Marília de Camargo Cesar, com prefácio do cineasta Fernando Meirelles, editado pela Mundo Cristão.
Surpreendentemente, apaixonei-me pela personagem. Menina acreana de saúde frágil e dotada de vontade férrea, venceu no seringal e está vencendo no mundo. Com nobres ideais, politizada nas comunidades eclesiais de base e inspirada pela teologia da libertação, deixou a selva e foi à luta na cidade grande. Ela diz: “Minha geração ajudou a redemocratizar o país porque tínhamos mantenedores de utopia. Gente como Chico Mendes, Florestan Fernandes, Paulo Freire, Luiz Inácio da Silva e Fernando Henrique Cardoso que sustentava nossos sonhos e servia de referência”.
Quando, depois de 30 anos de militância, deixou o PT e foi para o PV, assim falou na recepção: ”Não venho mais com a ilusão dos partidos perfeitos que acalentei durante a minha juventude, mas venho com a certeza de que homens e mulheres de bem podem aperfeiçoar as instituições, e de que as instituições também aperfeiçoam homens e mulheres de bem”.
No prefácio, Fernando Meirelles escreve: “Enquanto as forças políticas que tocam o Brasil vivem às turras numa discussão estéril sobre quem está mais à direita ou à esquerda e ainda pensam o país com valores e olhos do passado, focados em crescimento e expansão, como se isso ainda fosse sempre razoável e desejável, Marina está voltada para o amanhã. Vê a possibilidade de outro futuro, não só para o Brasil, mas para o mundo todo. Sabe que precisamos começar hoje a mudar alguns paradigmas de nossa vida, se queremos deixar algum planeta para nossos descendentes. Ao compreender como poucos líderes a importância dessa guinada em nossa civilização, Marina mostra-se alinhada com o pensamento científico de ponta e representa o que de mais novo existe hoje no Brasil e no mundo”.
Termino com uma frase da autora sobre a personagem:
Uma mulher que parece acreditar que o mundo pode voltar a ser um jardim”.

Gostei do livro.