sábado, 24 de dezembro de 2011

O Ser Integral



[  Já não sou criança, embora às vezes aja como tal.
[  Ainda não me sinto velho, embora me perceba mais rabugento e com o alemão me paquerando.
[ Estou na “melhor idade”, aquela em que podemos fazer alguma coisa capitalizando a experiência e os aprendizados da vida: agindo aqui e agora.

[ Já fui romântico, piedoso, moralista, inconseqüente, sonhador, idealista; já pretendi reformar o mundo e me descuidei da minha casa...

[
Plantei árvores, escrevi livros e tive filhos, ou pelo menos minha esposa os teve.

[ Hoje, na esperança de ter conseguido sintetizar o melhor de tudo isso, quero ter apenas o otimismo realista de me sentir parte de Gaia e compartilhar os eventos da vida com todas as criaturas, até com os outros seres humanos.

[ Sou veterano, da geração que antecedeu os baby boomers, os yuppies e as gerações X e Y. Sou do tempo em que os homens traiam e as mulheres eram donas de casa. Quando se acreditava ser possível não misturar assuntos e sentimentos profissionais e familiares. Do tempo do super homem. Lembram-se da famosa frase: Não levo para casa os problemas do trabalho! Quanta ignorância.

[ Felizmente as coisas mudaram. Atualmente muitas pessoas e empresas já aceitam que o ser humano é uma pessoa integral, dotada de um corpo que quer viver, de mente desejosa de aprender, de um coração que anseia por amar, e de um espírito que necessita deixar um legado. Para tanto, precisamos ter visão, disciplina, paixão e consciência.

[ Aproveitando o clima de natal e as costumeiras resoluções de ano novo, façamos um exercício interessante, sugerido por Stephen Covey (8° Hábito):

1.     Para o corpo è imagine que sofreu um enfarto e sobreviveu; agora viva de acordo com isso;

2.     Para a mente è imagine que a meta da sua vida é de mais 2 anos; agora se prepare como decorrência disso;

3.     Para o coração è imagine que a outra pessoa pode ouvir tudo o que você fala dela; agora fale de acordo com isso, e

4.     Para o espírito è imagine que você tem um encontro pessoal com o Criador a cada trimestre; agora viva de acordo com isso.

[ A todos, desejo um Feliz Natal e convido para recitarmos o Pai Nosso...



ôNatal/2011

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Ano Novo, Faxina Nova = HOUSEKEEPING


Depois que comprei um veleiro, aprendi a valorizar o espaço exíguo e a viver com muito menos quinquilharia que costumava acumular, como a maioria das pessoas. Nesta virada de ano, gostaria de desafiar os amigos leitores a comprovar que mais de 50% das tralhas que guardamos, mais atrapalha do nos favorece. Convido a todos para começar o ano com uma nova atitude de disciplina, limpeza e organização: o Housekeeping.

Em 1949, o Japão era um país empobrecido, sem lideranças e com um parque industrial obsoleto e sucateado pela guerra. Dr. Kaoru Ishikawa criou, em maio de 1950, um modelo prático para o combate às perdas e desperdícios a que deu o nome da Regra dos 5S.

Ferramenta poderosa e de baixo custo. Praticada com entusiasmo, ela iniciou o processo de transformação do Japão.  Seu poder e força concentram-se na união, na participação e na determinação de executar. Fusão da palavra latina SEI - senso em português - com palavras japonesas, as formações indicam a força da Regra dos 5S na busca de melhor qualidade.

A aplicação da regra dos 5S foi o primeiro movimento prático, cientificamente embasado, dos programas de educação para a Qualidade Total – TQM –, condição necessária para sobrevivência no mercado atualmente. Empresas do mundo inteiro já aplicaram com sucesso este processo que visa a manutenção da organização, arrumação, limpeza, padronização e disciplina dos ambientes.

Esse método também pode, com vantagens, ser aplicado na organização da nossa casa:

1. SEIRI = ORGANIZAÇÃO (desenvolvimento do senso de utilização):
        Reconhecer o que é desnecessário:
        Máquinas e equipamentos eletrônicos quebrados e velhos
        Equipamentos não utilizados no último ano
        Livros, revistas, jornais e catálogos antigos
        Peças e componentes usados (substituídos pela manutenção)
        Avaliar e decidir o que guardar, doar ou jogar fora?

 2.SEITON = ARRUMAÇÃO (desenvolvimento do senso de ordem)
        Quanto tempo nós demoramos procurando coisas ?
        Designar um lugar para cada coisa e manter cada coisa no seu lugar.
        Casa limpa = mente limpa !
        Quanto mais necessário, mais perto

3. SEISO = LIMPEZA (desenvolvimento do senso de asseio e limpeza)
        Limpar tudo imediatamente para ter sempre pronto.
        Bem-estar – Nós somos aquilo com que nos parecemos !
        Quanto maior for a limpeza, melhor será a nossa qualidade de vida.

4. SEIKETSU = PADRONIZAÇÃO (desenvolvimento do senso de sistematização)
        Há que se padronizar para manter a organização, a arrumação e a limpeza.
        Estabelecer um padrão é ter um modelo que serve de referência para todos !

5. SEITSUKE = DISCIPLINA (desenvolvimento do senso de força de vontade)
        Disciplina é a prática de bons hábitos para atingirmos a qualidade ambiental.
        É a capacidade do ser humano interiorizar as coisas como devem ser feitas, com o rigor do aprimoramento. É a liberdade de decidir fazer bem feito.


 – Feliz Ano

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

O Cardume


O Cardume é um daqueles livros que nascem de um momento de inspiração divina, só pode ser isso. O livro é muito, mas muito bom. É excelente. Merece nota 10. Em qualquer estante, merece lugar de honra ao lado de outras celebridades literárias.
Frank Schätzing não me surpreendeu, ele me encantou com essa obra monumental (não só no formato, mas em conteúdo, principalmente). Um misto de ficção científica de primeira linha, com drama sociocultural-ecológico, ação, terror, tragédia ecológica em escala global, suspense, romance, espiritualidade... O livro é um compêndio literário de ciências naturais, tecnologia moderna e um conhecimento profundo da natureza. Só por isso, merece ser lido.
Mas não se assustem pelo tamanho do livro. Ele vale cada página impressa e cada centavo pago. A história engrena logo no começo, com uma narrativa fluente, cativante, viciante. Os termos técnicos e científicos são assimiláveis, pois são expostos de uma forma simples e bastante explícita pelo autor que não poupa linhas para explicar cada situação em curso. Com isso, Schätzing não deixa pontas sem nó. O livro é bem construído e a narrativa bem alicerçada. Tudo tem fundamento e sentido, nada acontece por acontecer. Os personagens são muitos e variados, e todos participam ativamente da narrativa. A história tem início na costa marítima do Peru e se desdobra para Vancouver, no Canadá, e para a bacia petrolífera da Noruega, passando pela Europa, Estados Unidos e Groelândia.
E não é só de blábláblá científico que vive O Cardume. Nas 910 páginas do livro tem muita informação atual sobre a natureza, principalmente sobre os oceanos e tudo o que vive nele, mas também vai ter, em igual proporção, romance, suspense, ação e terror em doses exatas, no tempo certo e, algumas vezes, em proporções globais.
O final do livro (pra dizer a verdade, o livro como um todo), é surpreendente. Não poderíamos esperar menos. Lembrou muito o final do livro Contato, de Carl Sagan, porém numa amplitude que aponta para a essência de Deus, numa visão tão bela que obrigatoriamente nos faz refletir sobre a forma como olhamos para o mundo ao nosso redor, e a forma como interagimos com o outro. Essa é apenas uma das muitas reflexões que podemos fazer, fatalmente, ao longo da leitura desse livro e que conduzem a uma conclusão muito particular, muito íntima. Certamente, uma experiência única.
Os direitos do livro já foram vendidos para Hollywood e, certamente, deverão resultar em mais um bom filme à altura de Abismo, Contato, O Dia Depois de Amanhã, 2012, etc.


Bene


domingo, 27 de novembro de 2011

Árvore de Natal - a tradição do pinheiro


O clima natalino não tem momento exato para chegar. Mas, para quem segue a tradição católica, a data certa para preparar a árvore é hoje,  27. O dia marca o início do Advento, período litúrgico de quatro semanas em que se dá a preparação dos católicos para o Natal.

"A árvore como símbolo do Natal nasceu no norte da Europa, quando, no inverno rigoroso da região, só o espruce (ou abeto) resistia verde", conta o padre Hernaldo Pinto Farias, assessor para a liturgia da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil). "As pessoas passaram a ligar a árvore que não sucumbia ao frio à esperança cristã e passaram a colocá-la dentro das casas, dando início ao costume", explica Farias. E sabe por que se usa uma estrela no alto do pinheiro? Ela simboliza a luz da estrela que guiou os reis magos em direção ao menino Jesus.

A montagem da árvore é um bom momento para ser dedicado à família, segundo Farias. Ele recomenda, ainda, que o presépio seja montado na mesma ocasião e que a atividade abra espaço para a reflexão sobre o sentido do Natal. "Hoje, a árvore tem um papel mais social do que religioso. Mas, ao reunir as crianças para montá-la, os pais podem aproveitar para explicar o verdadeiro significado do Natal".

Um símbolo da vida, a árvore de natal é uma tradição muito mais antiga do que o cristianismo e não é um costume exclusivo de nenhuma religião em particular. Muito antes da tradição de comemorar o Natal, os egípcios já levavam galhos de palmeiras para dentro de suas casas no dia mais curto do ano, em Dezembro, simbolizando  o triunfo da vida sobre a morte.

Os romanos já enfeitavam suas casas com pinheiros durante a Saturnália, um festival de inverno em homenagem a Saturno, o deus da agricultura. Nesta época, religiosos também enfeitavam árvores de carvalho com maçãs douradas para as festividades do Solstício de Inverno.

Na Europa, uma das tradições natalinas consiste em decorar um pinheiro com maçãs, doces e pequenos wafers brancos, representando a eucaristia. A Árvore do Paraíso, como é chamada, era o símbolo da festa de Adão e Eva, que acontecia no dia 24 de Dezembro, muito antes da tradição cristã do Natal. Hoje, a árvore não só representa o Paraíso como no início da tradição, mas também a salvação.

Feliz Natal !

sábado, 19 de novembro de 2011

ASSEMBLEIA DE ATEUS


Deus não existe, é uma criação humana para atenuar nosso medo da morte.

Com essa certeza em mente, temos de olhar para as religiões e ver o que elas podem nos ensinar. Não com suas doutrinas, mas com as técnicas que utilizam para divulgar suas mensagens – muitas vezes com o uso das artes – e com o sentimento de comunidade que constroem. Essa é a tese defendida em 274 páginas por Alain de Botton em seu novo livro, "Religião para Ateus", lançado pela editora Intrínseca. Esse suíço de 41 anos, autor de livros como "A Arquitetura da Felicidade" e "Como Proust Pode Mudar sua Vida", tem uma fala mansa, mas dispara críticas contra ateus radicais, universidades e, claro, religiões.

Sobre os ateus radicais, afirma que saíram perdedores em sua disputa desesperada contra as religiões. “O que eles oferecem em troca? A ciência não resolve algumas das necessidades que as pessoas têm: consolo, comunidade, moralidade, compreensão."

Botton não defende a volta às igrejas. "Isso não vai acontecer. Nunca retornaremos à ideia de que a Igreja terá uma verdade e será construído um muro em volta dela. Somos democráticos não apenas na questão política, mas também no campo das ideias. A verdade hoje é múltipla", afirma.

Qual a solução, então?

Botton acredita que, primeiro, o ser humano precisa admitir que é fraco e necessita de ajuda. "O mundo liberal criou em nós a ideia de que somos autossuficientes. Não é verdade. Precisamos de ajuda, de aconselhamento. Mas, se alguém nos oferece orientação, repelimos. Dizemos que não precisamos de babás, que não venham nos dar ordens."

Sobre as universidades, diz que ficaram técnicas demais e não ensinam as pessoas a viver. "Poderíamos ter aulas de como nos relacionar com os outros, por exemplo."

No livro, Botton usa seu estilo de ensaísta para discorrer sobre vários aspectos religiosos. Trata de obras sacras, de arquitetura, de grandes sermões e de textos como a Torá e os evangelhos.

Uma vez mais, porém, não foge à polêmica. "Há mais sabedoria nos livros de [Marcel] Proust que no 'Novo Testamento'. É um comentário herético, mas é verdade."

No entanto, reconhece a diferença de alcance e influência. "Quem lê Proust hoje? Só uma ínfima minoria. Já o 'Novo Testamento' continua a vender milhões de cópias."

Um ensaio, no mínimo, interessante!

Bene

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Chegamos a sete bilhões


A população do planeta chegou a 7 bilhões no dia 31 de outubro de 2011. É claro que se trata de marca apenas simbólica, pois a ONU assegura que as estatísticas são baseadas em bancos de dados cuja precisão oscila em torno de seis meses. Assim, o terráqueo de número sete bilhões pode ter nascido na Russia, India, Tailândia, Canadá, Grécia ou Tuvalu. A julgar pelas probabilidades, o evento deve ter ocorrido abaixo do equador onde as taxas demográficas são mais dilatadas do que no chamado primeiro mundo.
Assim como o ano novo não costuma trazer mudanças significativas, também essa marca deverá cair no esquecimento e as pessoas continuarão fazendo o que sempre fizeram, da mesma forma, como se as consequências de longo prazo não tivessem a menor importância.
Nos anos oitenta, quando discutia a questão demográfica em minhas aulas de economia, na Universidade de Taubaté – UNITAU – admitindo como limite uma população mundial de 8 bilhões, costumava questionar as altas taxas de natalidade do terceiro mundo que multiplicavam a pobreza e contribuiam ainda mais para a concentração de riqueza na Europa e nos Estados Unidos.
Hoje, assistimos a decadência do sistema econômico mundial, com sucessivas crises naqueles mercados e a falência do sistema financeiro criado em Bretton Woods no final da 2ª. Guerra. Em contrapartida, temos a ascensão dos BRICS (Brasil, Russia, India, China e Singapura).
Com demagogia e assistencialismo muito se fala da fome no mundo. Bilhões de pessoas vivem abaixo da linha da pobreza e sofrem toda a sorte de privações. E não é por escassez de recursos, o problema é de distribuição desigual. A produção mundial de alimento é mais do que suficiente para saciar a humanidade com 7 ou 8 bilhões. A questão que se impõe é que os produtores não tem o objetivo e nem a obrigação de satisfazer os pobres. Eles são empresários e oferecem os recursos àqueles que possam pagar por eles. O econômico é amoral. Não podemos acusá-lo de imoral, mas também não devemos esperar filantropia.
Quem desejar salvar o mundo, sejam pais de família ou governantes de países, deve concentar seus esforços na educação, indo além da pedagogia tradicional e ultrapassando o conhecimento meramente acadêmico e investindo no desenvolvimento e capacitação do ser integral, promovendo também o aprendizado das competências não cognitivas, com as melhores práticas de cidadania e vivência de valores (princípios universais) que devem ser resgatados.
Mais importante do que dar o peixe (bolsa família) é ensinar a pescar (educação técnica e profissional), passando da dependência do assitencialismo tradicional para a autonomia do empreendedorismo adequados à era de aquário, que já chegou.

Bene

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

A janela, a maçã e o livro

“Três acontecimentos simultâneos, em lugares diferentes da Terra, causam comoção e preocupam cientistas e políticos dos países envolvidos. Os eventos imprevisíveis se sucedem ao redor do globo em uma rapidez inacreditável”.  (O CARDUME – Frank Schatzing).
O 50º aniversário do Luiz; a chegada do meu iPad, presente de aniversário que a Myrta e os filhos encomendaram ao Charles; e o livro emprestado pelo amigo Pestana, romance de 909 páginas escrito por, que vendeu mais de 2 milhões de exemplares só na Alemanha, também são três acontecimentos simultâneos do meu último final de semana.
No sábado, fomos a São Paulo para a comemoração do 50º aniversário do meu amigo Luiz. Como sempre, Luiz e Margareth foram anfitriões nota 10. Ambiente descontraído e uma roda de amigos simpáticos e sorridentes. A taça de prosseco não deu conta da minha ansiedade, que só acalmou quando chegaram os sobrinhos Charles e Karina. Ele, que esteve em Nova Iorque na semana anterior, trouxe o meu presente de aniversário encomendado pela Myrta, um iPad2®. Depois disso, passei a tomar refriferante, fui logo para casa e adormeci com o meu novo brinquedo nas mãos.
Depois de mais de vinte anos de fidelidade à janela de Bill Gates, estou bandeando para a maçã do Steve Jobs. Sim, apesar do meu estilo intuitivo e de gostar de mudança, também sou um pouco conservador e fiel aos hábitos e costumes. Sempre exaltei a supremacia do Windows® em detrimento das restrições dos produtos Mac®, apesar de seus inegáveis pontos positivos, particularmente na interatividade. Pois bem, em pleno clima de comoção pela morte de Steve Jobs, enquanto via meus amigos se renderem às conveniências da Apple®, ganhei um iPad2®. Foi amor à primeira vista. Intuitivo, super prático, bonito, charmoso, cheio de recursos, sem botões nem manual de instrução, foi pegar e usar, já está com upgrade do sistema OS5, claro que com alguma ajuda da Myrta, a nerd da família e piloto de iPhone4.
No domingo, quando retornamos ao Guarujá, o porteiro do edifício me entregou um exemplar do livro O Cardume, que me fora deixado por empréstimo pelo amigo Pestana. Um calhamaço de quase mil páginas, no mesmo final de semana em que minha filha vaticinou com o pragmatismo da juventude plugada: livro de papel, nunca mais, Bene.
A vocês, caros leitores, confesso que estou num dilema: desejo o novo, mas não quero deixar o antigo. Almejo o brilho da tela do tablet, mas acho que não sobreviveria sem o tato e o cheiro do papel. Entre os dois meu coração balança.
Ainda neste final de semana, aconteceram eleições na Argentina, o exame do ENEM e o empate de 1 x 1 no encontro do Corinthias e Internacional, em Porto Alegre.
Sempre haverá três acontecimentos simultâneos que podem parecer nada ter entre si, mas que fazem parte do tecido invisível que liga todas as coisas e gentes de Gaia.

Bene

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

¿Qué cuantos años tengo?

Frecuentemente me preguntan que cuántos años tengo...
¡Qué importa eso!
Tengo la edad que quiero y siento.
La edad en que puedo gritar sin miedo lo que pienso.
Hacer lo que deseo, sin miedo al fracaso, o lo desconocido.
Tengo la experiencia de los años vividos y la fuerza de la
convicción de mis deseos.
¡Qué importa cuántos años tengo!.
No quiero pensar en ello.
Unos dicen que ya soy viejo y otros que estoy en el apogeo.
Pero no es la edad que tengo, ni lo que la gente dice, sino lo que mi corazón siente y mi cerebro dicte.
Tengo los años necesarios para gritar lo que pienso, para hacer lo que quiero, para reconocer yerros viejos, rectificar caminos y atesorar éxitos.
Ahora no tienen por qué decir: eres muy joven, no lo lograrás.
Tengo la edad en que las cosas se miran con más calma, pero con el interés de seguir creciendo.
Tengo los años en que los sueños se empiezan a acariciar con los dedos, y las ilusiones se convierten en esperanza.
Tengo los años en que el amor, a veces es una loca llamarada, ansiosa de consumirse en el fuego de una pasión deseada.
Y otras en un remanso de paz, como el atardecer en la playa.
¿Qué cuántos años tengo? No necesito con un número marcar, pues mis anhelos alcanzados, mis triunfos obtenidos, las lágrimas que por el camino derramé al ver mis ilusiones rotas... valen mucho más que eso.
¡Qué importa si cumplo veinte, cuarenta, o sesenta!
Lo que importa es la edad que siento.
Tengo los años que necesito para vivir libre y sin miedos.
Para seguir sin temor por el sendero, pues llevo conmigo la experiencia adquirida y la fuerza de mis anhelos.
¿Qué cuantos años tengo? ¡Eso a quién le importa!
Tengo los años necesarios para perder el miedo y hacer lo que quiero y siento.


Mañana es la única utopía.



segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Homem da Caverna

Muita gente já viu a imagem do homem da caverna arrastando a mulher pelos cabelos, que costuma ser utilizada para reforçar a supremacia do macho e a submissão da mulher.
A explicação mais comum é a de que, após escolher a fêmea e golpeá-la na cabeça com o tacape, o homem a arrastava para o local do acasalamento. Esse era o ritual estabelecido.
Contudo, a busca pela verdade nos leva a uma explicação bem diferente. Se nos dedicarmos seriamente ao estudo do comportamento do Hommo Neandertallis constataremos que se trata de um “necrófilo” (pessoa que pratica o sexo com pessoas mortas) e, por assim se comportar, o fato de arrastar aquela mulher apenas denota que a mesma estava morta (os desenhos originais encontrados nas cavernas nunca manifestam qualquer tipo de reação por parte da mulher, além de seus pés estarem sempre esticados sem qualquer manifestação de dor ou movimento). Por esse motivo era puxada pelos cabelos (com energia eletrostática suficiente para não escorregar e que caracterizaria a forma mais simples de carregar um cadáver).
Aquele homem não a puxa por maldade ou supremacia, mas por pura incompreensão do fenômeno da morte. Configura, isto sim, um gesto de fidelidade à mulher amada. Não compreende porque a sua amada, aquela com quem fazia sexo, não está mais quente (daí a origem do termo “mulher fria”, como representativo de frígida).
Aquele bom e fiel companheiro a carrega por amor e continua a fazer sexo com ela até que se manifeste a putrefação...
[
A cada momento somos convidados a rever nossas crenças e nos abrirmos às novas possibilidades. Certamente, isso seria causa de desconforto por nos obrigar a abandonar a segurança das “nossas verdades” em troca de “novidades”.
Por esse motivo, as pessoas só aprendem aquilo que querem aprender e não aquilo que precisam aprender, desvinculando-se o indivíduo do compromisso com a busca da verdade, apenas lhe bastando a versão mais conveniente aos seus valores e princípios, absorvidos de maneira absolutamente inconsciente e sem qualquer questionamento catalisador, na grande maioria das vezes.
Ou seja, enquanto não formos capazes de distinguir o fato da versão, seremos crentes como os habitantes da caverna de Platão, acreditando em sombras e acorrentando aqueles que, embora desejando iluminar o nosso conhecimento e promover o progresso, ousarem discordar das “nossas verdades emboloradas”.

Bene

PS. Não existem dados sobre o comportamento humano na Pré-História.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Cidadania

CIDADANIA s.f. 1. Qualidade de cidadão. – 2. Qualidade de uma pessoa que possui, em uma determinada comunidade política, o conjunto de direitos civis e políticos. (Dic. Larousse).

Na última reunião de amigos, realizada por ocasião do aniversário da minha mulher, captei um fragmento de conversa sobre cidadania. Aquilo chamou a minha atenção, uma vez que é um assunto cada vez mais distante das atitudes diárias nesta terra de pindorama, onde costuma prevalecer a “lei de Gerson”.

Assim como os paradigmas, que governam a nossa vida e podem ser divididos em valores – aquilo que deveria ser – e realidade – aquilo que costumamos fazer no dia a dia, – também a cidadania admite a dicotomia entre direitos e deveres. Tenho a certeza de que, nos tempos socráticos, a discussão em praça pública deixava bem claro que os cidadãos devem compensar os direitos que gozam com os deveres que praticam.

Um tanto decepcionado com o que acontece diariamente, tanto em Brasília quanto nas grandes e pequenas cidades, com a atitude de juízes, governantes, políticos, empresários, policiais, vizinhos, parentes, frequentadores dos jardins e da cracolândia, patrões e empregados, alunos e professores, numa amostra mais do que significativa da humanidade, resolvi meditar sobre o assunto.

Será falta de religião? Já não se fazem escolas como antigamente? Talvez seja consequência da desagregação dos lares, com as mulheres competindo no mercado de trabalho? O crime organizado, melhor equipado do que a carente força policial terá atração mais forte sobre os jovens? O consumismo capitalista nos terá convertido em uma multidão de ganha-perde? Ou será culpa do hedonismo prevalecente? Microsoft, Facebook e Apple terão provocado uma lavagem cerebral na sociedade de consumo?

Depois de muito meditar, acho que descobri o fulcro da questão: a culpa é do dicionário! Sim, a culpa é do dicionário que define cidadania como apenas um conjunto de direitos, omitindo a parte mais importante, o preço da cidadania, que são os deveres com os quais devemos compensar aqueles direitos.

Comecemos já, uma campanha nacional de reeducação de um povo, principiando pela retificação do conceito de cidadania:

 - Direitos e deveres de todos nós!



Bene

sábado, 24 de setembro de 2011

UM SATÉLITE NA CABEÇA

Cair um satélite na cabeça é 15 mil vezes mais
fácil do que ganhar na Mega-Sena

 Lançado pela agência espacial americana em 1991, o Uars funcionou até 2005, observando a atmosfera. Atualmente desativado, o satélite do tamanho de um ônibus caiu em algum lugar da Terra, possivelmente no Canadá, nesta madrugada de 24/09/11. A informação é da Nasa, que afirma, porém, que as chances de que alguém tenha sido atingido são mínimas - cerca de 1 em 3.200.
Desde então, ele era apenas um entre vários satélites defuntos e outros objetos que sujam a órbita do planeta. De acordo com a Nasa, há "pelo menos" 20 mil fragmentos com mais de 10 cm nos arredores terrestres. Nesse "lixão" espacial tem de tudo. Desde satélites inteiros desativados, até peças de foguetes e naves.
Também entram na conta outros objetos “perdidos” por astronautas, como câmeras fotográficas, ferramentas e até uma luva. No início do mês, um relatório do Conselho de Pesquisa Nacional dos EUA – entidade privada e sem fins lucrativos que fornece consultoria científica – afirmou que os detritos espaciais chegaram a um "ponto crítico".
Portanto, é 15.645 vezes mais fácil cair um pedaço de satélite na nossa cabeça, do que ganhar na MEGA-SENA, cujas chances matemáticas de acertar são de 50.063.860 para uma aposta simples de 6 palpites ao custo de R$ 2,00.
Assim sendo, é mais vantajoso usar capacete de proteção do que jogar na loteria. 

Bene

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Seis graus de separação

Você já ouviu falar da teoria dos seis graus de separação?
Não? Eu explico. A teoria dos seis graus de separação é baseada num estudo científico realizado em Harvard onde foi possível confirmar a hipótese, aparentemente amalucada, de que você está separado de qualquer outra pessoa no planeta – isso mesmo, no PLANETA – por apenas seis apertos de mão. Logo, apenas seis pessoas poderiam te conectar com todo o restante dos humanos vivos, desde aquele eremita que vive solitário nas montanhas do Gabão até qualquer astro de Hollywood, passando pelos pescadores coreanos, os astronautas americanos, o papa, o Obama ou o Ronaldinho Gaucho.
Eu tenho uma amiga que assegura a veracidade dessa teoria com outra proposta, a de que na humanidade existem apenas umas 10.000 pessoas de fato. O resto é figuração.
Você encontra uma pessoa e indaga se ela conhece uma outra, ou conhece alguém que a conheça. Se a resposta for positiva, ela estará incluída nos 10.000 indivíduos que têm existência real, que efetivamente se relacionam por laços sociais menores do que seis. É claro, que você, eu, nossos amigos, Obama, Dalai Lama, Pelé, Rainha Elizabeth, o gerente do banco, o português da padaria e mais algumas pessoas integram esse seleto rol.
Em caso negativo, trata-se apenas de mais um figurante, dentre os bilhões que perambulam pelo planeta. 

Bene

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

A LÍNGUA NOSSA DE CADA DIA


Tudo bem que a nova tendência é a economia de tempo e de espaço. A azáfama dos novos tempos faz com que sejamos engolfados pela neurose da falta de tempo. As inovações tecnológicas, que deveriam servir para nos poupar tempo e aumentar a qualidade de vida, acabaram por nos escravizar por completo: smartphones, tablets, notebooks, banda larga, wire less, blue tooth e assemelhados, longe de nos libertarem, nos mantêm ligados full time e nos levam a twitar com brevidade criando novas formas de escrita e utilizando emoticons.

 Vc naum acha d +?  Bjs.   Kkkkkkk  J 

Algum tempo atrás, eu cheguei a prometer que seria mais breve nas minhas postagens, seguindo a tendência e pensando em tornar a leitura dos meus textos mais acessível para os mais jovens. Hoje, decidi exatamente o contrário. Não vou me nivelar por baixo e aceitar a tendência emburrecedora que assola o país na esteira da desconstrução educacional de um estado que deve ter discutíveis motivos para tanto.

Não preciso economizar tempo nem espaço. Tempo é tudo o que me resta, uma vez que estou aposentado e com filhos criados. E mais, estudei latim, grego e bastante português. Já plantei árvores e escrevi livros, mas ainda estou bastante vivo, com direitos a usufruir e deveres de cidadania para cumprir.

Uma das formas de exercer a cidadania, além de votar em quem merece, deve ser o de ajudar a melhorar a educação do meu povo.

Continuarei a tecer as minhas considerações com a possível objetividade, mas sem abrir mão de algum esmero na prolação vocabular, que caracteriza o bom uso do vernáculo, estimulando dessa forma os meus leitores a compulsar o “pai dos burros” e, eventualmente, conquistar alguma erudição.

Essa estratégia já foi utilizada nos tempos do Banespa, quando eu inseria uma ou duas palavras pouco usuais no “Recado do Bene”, por um pouco mais de duzentas semanas.

Você não acha formidável*?
 

 Bene
 

* confira no dicionário a 1ª acepção de formidável




sábado, 10 de setembro de 2011

- PAI, COMEÇA O COMEÇO !




Quando eu era criança e pegava uma tangerina para descascar, corria para meu pai e pedia: - "pai, começa o começo!". O que eu queria era que ele fizesse o primeiro rasgo na casca, o mais difícil e resistente para as minhas pequenas mãos. Depois, sorridente, ele sempre acabava descascando toda a fruta para mim. Mas, outras vezes, eu mesmo tirava o restante da casca a partir daquele primeiro rasgo providencial que ele havia feito.
Meu pai faleceu há muito tempo (e há anos, muitos, aliás) não sou mais criança. Mesmo assim, sinto grande desejo de tê-lo ainda ao meu lado para, pelo menos, "começar o começo" de tantas cascas duras que encontro pelo caminho. Hoje, minhas "tangerinas" são outras. Preciso "descascar" as dificuldades do trabalho, os obstáculos dos relacionamentos com amigos, os problemas no núcleo familiar, o esforço diário que é a construção do casamento, os retoques e pinceladas de sabedoria na imensa arte de viabilizar filhos realizados e felizes. Sem contar o enfrentamento sempre tão difícil de doenças, perdas, traumas, separações, mortes, dificuldades financeiras e, até mesmo, as dúvidas e conflitos que nos afligem diante de decisões e desafios.
Em certas ocasiões, minhas tangerinas transformam-se em enormes abacaxis...
Lembro-me, então, que a segurança de ser atendido pelo papai quando lhe pedia para "começar o começo" era o que me dava a certeza que conseguiria chegar até ao último pedacinho da casca e saborear a fruta. O carinho e a atenção que eu recebia do meu pai me levaram a pedir ajuda a Deus, meu Pai do Céu, que nunca morre e sempre está ao meu lado. Meu pai terreno me ensinou que Deus, o Pai do Céu, é eterno e que Seu amor é a garantia das nossas vitórias.
Quando a vida parecer muito grossa e difícil, como a casca de uma tangerina para as mãos frágeis de uma criança, lembre-se de pedir a Deus:
"Pai, começa o começo!". Ele "começará o começo" e deixará você resolver a situação.
 

Mais uma colaboração de José Carlos Mascarenhas Pinto