terça-feira, 30 de novembro de 2010

A Melhor Parte da Vida


Chegar à terceira idade com pique total é possível.
Manter uma dieta saudável e exercitar os músculos
 (e também o seu cérebro) fazem toda a diferença.


A melhor idade é aquela que nós temos. Viva bem hoje, para preparar um bom amanhã.
A Organização Mundial de Saúde - (OMS) - define envelhecimento como “o prolongamento e término de um processo representado por um conjunto de modificações fisiomórficas e psicológicas ininterruptas à ação do tempo sobre as pessoas”. Portanto, envelhecer faz parte da vida e pode sim ser muito bem sucedido. Eu estou próximo dos 70 e ainda caminho, pedalo e velejo.
Praticar atividade física regularmente, evitar o fumo, o álcool e o excesso de cafeína, de sal, açúcar e gordura; evitar o isolamento e manter o peso adequado são itens essenciais para viver mais e melhor. Cabeça vazia é oficina do diabo, dizia meu pai. Devemos manter um comportamento proativo e cultivar bons hábitos, como ter um projeto de vida, porque a perda dos objetivos é um dos principais fatores que levam ao envelhecimento anímico.
Alimentos – Alguns alimentos, como os peixes, são excelentes para o cérebro, porque possuem compostos de cadeias poli-insaturadas de ômega-3, bastante útil no desenvolvimento cerebral, dos olhos e do sistema nervoso em geral. Precisamos nos acostumar a fazer pequenas refeições durante o dia, e escolher alimentos que fazem bem ao corpo. Grãos integrais, vegetais, legumes e frutas frescas, carnes magras, leite e derivados – fonte de cálcio –, além de oleaginosas como castanhas, nozes e amêndoas, que são ricas em selênio, devem fazer parte do cardápio diário.
Exercícios – O mundo inteiro fala nos benefícios de se manter a prática habitual de uma atividade física regular. Vale tudo: dança, alongamento, natação, caminhada, corrida, hidroginástica, ioga, musculação, etc. Até mesmo usar as escadas do seu prédio em vez do elevador, ou descer um ponto antes e caminhar até o destino.
Estudos demonstram que quem dorme mal ou pouco tem mais propensão a desenvolver problemas de saúde. Daí a importância de se exercitar durante o dia e fazer uma refeição leve à noite – tudo contribui para dormir melhor.
O cérebro também deve ser exercitado. Para tanto, a Neuróbica combina três fatores: novidade, variedade e dificuldade crescente. Pequenas mudanças diárias já fazem diferença, como escovar os dentes com a outra mão, andar de costas, não acender as luzes ao chegar em casa, ou utilizar caminhos diferentes para ir ao trabalho ou para retornar ao lar. Tirar o cérebro da zona de conforto traz muitos benefícios: diminui os lapsos de memória (brancos), melhora da segurança e autoestima, da concentração, raciocínio, lateralidade, capacidade de resolver problemas, autoconfiança, coordenação motora e socialização.


 Para viver cem anos: 

 ð   
coma a metade, ande o dobro, e ria o triplo!


Bene

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

O caçador de pipas

Terminei a leitura de um romance envolvente, que cativa logo nas primeiras páginas.  Livro de estreia de Khaled Hosseini, O caçador de pipas é uma narrativa insólita e eloquente sobre a frágil relação entre pais e filhos, entre os seres humanos e seus deuses, entre os homens e sua pátria. Uma historia de amizade e traição, que nos leva dos últimos dias da monarquia do Afeganistão às atrocidades de hoje.
Amir e Hassan cresceram juntos, exatamente como seus pais. Apesar de serem de etnias, sociedades e religiões diferentes, Amir e Hassan tiveram uma infância em comum, com brincadeiras, filmes e personagens. O laço que os une é muito forte: mamaram do mesmo leite, e apenas depois de muitos anos Amir pode sentir o poder dessa relação.
Amir nunca foi o mais bravo ou nobre, ao contrário de Hassan, conhecido por sua coragem e dignidade. Hassan, que não sabia ler nem escrever, era muitas vezes o mais sábio, com uma aguda percepção dos acontecimentos e sentimentos das pessoas. E foi esse mesmo Hassan que decidiu quem Amir seria, durante a batalha da pipa azul., uma pipa que mudaria o destino de todos. No inverno de 1975, Hassan deu a Amir a chance de ser um grande homem, de alterar a sua trajetória e se livrar daquele enjoo que sempre o acompanhava, a náusea que denunciava a sua covardia.  Mas Amir não enxergou a sua redenção.
Muito depois de desperdiçada a última chance, Hassan, a calça de veludo cotelê marrom e a pipa azul o fizeram voltar ao Afeganistão, não mais àquele que ele abandonara há vinte anos, mas ao Afeganistão oprimido e destruído pelo regime Talibã. Amir precisava se redimir daquele que foi o maior engano da sua vida, daquele dia em que o inverno foi mais cruel.
Grande sucesso da literatura mundial, o livro não me despertou interesse na época do seu lançamento. Hoje, em uma descoberta tardia do livro emprestado pela amiga Jô, deixei-me arrebatar pela brilhante história e pela intrincada trama narrativa que me prendeu a atenção e a emoção por quinze dias.

Bene

 Esta é uma daquelas histórias inesquecíveis, que permanecem na nossa memória por anos a fio. Todos os grandes temas da literatura e da vida são o material com que é tecido este romance extraordinário: amor, honra, culpa, medo, redenção”. Isabel Allende

domingo, 28 de novembro de 2010

       ACREDITE SE QUISER

No bairro de São Cristóvão, no Rio de Janeiro, existe uma rua chamada 'PEDRO IVO'.
Quando alguns estudantes foram pesquisar quem foi esse tal de Pedro Ivo, descobriram que na verdade a rua homenageava D. Pedro I, que quando foi rei de Portugal, foi aclamado como “PEDRO IV” (quarto).
Pois bem, algum funcionário da Prefeitura, ao pensar que o nome da rua fora grafado errado, colocou um ' O ' no final do nome.
O erro permanece até hoje. Acredite se quiser...

Nada é mais frustrante do que fazer bem feito algo que não precisava ser feito !



terça-feira, 23 de novembro de 2010

Sempre foi assim...

Uma lenda zen relata a história de um mestre que sempre mandava amarrar o seu gato durante o ofício porque o movimento do animal perturbava a meditação dos seus discípulos. O tempo passou, o mestre morreu e seu gato também. Então, providenciaram outro gato. Anos depois, alguém escreveu um tratado, muito respeitado, sobre a importância de se ter um gato amarrado durante a meditação.

Quando li essa história, logo me lembrei das empresas que muitas vezes permanecem amarradas a uma burocracia inexplicável, com cargos, funções e procedimentos administrativos que não fazem mais nenhum sentido nos tempos atuais.  E, quando você pergunta a razão de agirem daquela maneira, a resposta costuma ser: “Sempre foi assim...”. Há também aqueles que defendem uma prática obtusa, alegando que no passado deve ter acontecido algo que justificou a implantação de tal procedimento burocrático. Portanto, é prudente mantê-lo.
Com o uso maciço do computador, da internet, da tecnologia da informação, muita coisa tem de ser repensada na empresa. Mais do que repensados, certos procedimentos devem ser sumariamente abandonados.
Michael Hammer, um dos pais da pouco simpática reengenharia, tinha boas intenções e carradas de razão ao afirmar: Não informatize, destrua!”.
Isso, que é válido para as empresas e para as pessoas, deveria ser levado em conta também pelas autoridades governamentais ao promover as tão propaladas reformas legais, fiscais, previdenciárias, trabalhistas e outras que tais.
Uma ação desburocratizante seria muito mais bem vinda do que essa pletora de normas, leis e regulamentos a serem burlados por milhares de espertalhões e que só servem para complicar a vida das pessoas de bem. Parece que “o sistema” cria dificuldades para vender facilidades...

A sabedoria plena  e  completa pertence aos deuses,  mas  os
homens podem desejá-la ou alcançá-la tornando-se filósofos. 
                                                                                        Pitágoras


sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Navegando com emoção


Quando adquiri o Mangalarga, ele se encontrava na Marina Porto do Sol, no canal de Bertioga, bem próximo da estação de embarque da balsa. Por lá fiquei uma boa temporada, até que resolvi mudar para a Marina Boreal, que fica no canal do estuário de Santos, no CING, bem próximo do conhecido Pier 26.
Passados dois anos, fazendo geralmente velejadas curtas na baía de Santos, o cenário começou a me parecer rotineiro. Isso, aliado ao fato de que a direção da marina começou a criar dificuldades para manter a subida semestral do veleiro, para raspagem de cracas e pintura de fundo, me levou a buscar outro endereço. Acertei com a Pier XV, no canal de Bertioga.
Às 09:30h de 10/11/10, com ajuda do sempre fiel marinheiro Chico,  que colocou o motor, preparamos o barco e fizemos o check-list de saída.  Dia nublado, bons ventos e partida no horário. Vento de proa na saída do canal e quase 3 horas para vencer a maldição da Ilha da Moela com mar grosso, muitos carneiros e borrifos frequentes. Com o veleiro atravessando nas ondas, quase desistimos na altura da Ponta Grossa.  Na praia das Astúrias, abrimos 1/3 da genoa e a velocidade aumentou de 3,8 para 4,8 nós no GPS. O vento rondou temporariamente para SE e chegamos à Ilha das Cabras com um través pouco confortável em mar grosso, com chuva forte e ondas de 1,5m a cada 9 segundos, que serviram para mostrar o quanto é marinheiro o casco do velho Atoll23 que, caturrando e balançando, deu conta do recado. Resolvemos encarar o mar de frente. Enrolamos a genoa e seguimos motorando, deixando a Ilha do Arvoredo por bombordo, com muitas ondas de mais de 1,5m que literalmente nos davam seguidos banhos.  Fizemos o transbordo de combustível para completar o tanque, uma vez que os frequentes bordos estavam encompridando a nossa derrota e, em função das circunstâncias, manteríamos o motor funcionando. Estávamos completamente molhados e com mais de 4 horas do tempo previsto em apenas 2/3 do trajeto. O tempo oscilava bastante, ora clareando um pouco, ora fechando com chuva fina que reduzia e visibilidade e recomendava o uso frequente do GPS. Na altura do Perequê, o vento voltou a SW e passamos a surfar com a genoa novamente a 1/3, chegando a 8,2 nós no GPS. Em pouco mais de uma hora, ultrapassamos a Ilha do Guará, Iporanga, Praia Branca e entramos na Ponta da Armação, contornando a Pedra do Corvo. Com vento frio e uma chuva fina na cara, entramos no canal e chegamos ao destino apenas uma hora além do previsto. Molhados, cansados, com adrenalina lá em cima, pegamos a poita, amarramos o Mangalarga de popa no píer e desembarcamos felizes com o sabor de vitória que teve a aventurosa travessia.
Dois dias se passaram até que eu pudesse retomar a rotina normal. As dores no corpo também foram diminuindo com analgésico e relaxante muscular. A adrenalina voltou ao normal e eu estou bastante orgulhoso de ter me saído bem ao por em prática manobras muito estudadas, mas raramente praticadas.
Confesso que passei a admirar ainda mais a expressão, às vezes jocosa,  que se refere ao mar calmo, como “mar de almirante”.
É isso ai, gente!

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Um Abraço


O matuto falava tão calmamente, que parecia medir, analisar e meditar sobre cada palavra que dizia:

- É...
Das invenção dus hômi, a que mais tem sintidu é o tar du abraçu.
Na hora du abraçu num tem jeito dum só tirá pruveito!
Tudo quanto é gente, nu abraçu, participa duma beradinha...
Quandocê tá danado de sodade, u abraçu de arguém ti alivia...
Quandocê ta danado de réiva, vem um, te abraça e ocê fica até sem graça de continuá cum réiva...
Si ocê tá filiz e abraça arguém, esse arguém pega um poquin da sualegria...
Si arguém tá duente, quandocê abraçele, ele começa a miorá, i ocê miora junto tomém...
Muita gente importante e letrada já tentô dá um jeito de sabê prumódiquê qui u abraçu tem tanta tequilonogia, mais ninguém inda discubriu u segredu...
Mas, iêu sei! Foi um isprito bão de Deus qui mi contô...
I êu vô contá procêis uqui foi qui ele mi falô:  U abraçu é bão prucauso do Coração...
Quandocê abraça arguém, faismassage no coração!... I o coração do ôtro é massagiado tomém! Mais num é só isso, não...
Aqui tá a chave du maió segredo de tudo: É qui, quandu abraçamu arguém, nóis fiquemo tudo é com dois coração nu peito!...
Um agazáia o ôtro e nóis tudo fiquemo quentinho cádendinóis...
Brigadu pelos seus abraçu, pela suamizádi e purnossus camin ter si cruzado nesta vida...
Um grandi abraçu proceis tudo, cum grande amizadi...

Inté!

Autor desconhecido

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Pense diferente !

     
Há algum tempo recebi um convite de um colega para servir de árbitro na revisão de uma prova. Tratava-se de avaliar uma questão de Física, que recebera nota 'zero'. O aluno contestava tal conceito, alegando que merecia nota máxima pela resposta, a não ser que houvesse uma 'conspiração do sistema' contra ele.

Professor e aluno concordaram em submeter o problema a um juiz imparcial, e eu fui o escolhido. Chegando à sala de meu colega, li a questão da prova, que dizia:

- 'Mostrar como se pode determinar a altura de um edifício bem alto com o auxilio de um barômetro. '

A resposta do estudante foi a seguinte:

1)    Leve o barômetro ao alto do edifício e amarre uma corda nele; baixe o barômetro até a calçada e em seguida levante, medindo o comprimento da corda; este comprimento será igual à altura do edifício.

Sem dúvida era uma resposta interessante, e de alguma forma correta, pois satisfazia o enunciado. Por instantes vacilei quanto ao veredicto. Recompondo-me rapidamente, disse ao estudante que ele tinha forte razão para ter nota máxima, já que havia respondido a questão completa e corretamente. Entretanto, se ele tirasse nota máxima, estaria caracterizada uma aprovação em um curso de Física, mas a resposta não confirmava isso. Sugeri então que fizesse outra tentativa para responder a questão. Não me surpreendi quando meu colega concordou, mas sim quando o estudante resolveu encarar aquilo que eu imaginei lhe seria um bom desafio. Segundo o acordo, ele teria seis minutos para responder a questão, isto após ter sido prevenido de que sua resposta deveria mostrar, necessariamente, algum conhecimento de Física.

Passados cinco minutos ele não havia escrito nada, apenas olhava pensativamente para o forro da sala. Perguntei-lhe então se desejava desistir, pois eu tinha um compromisso logo em seguida, e não tinha tempo a perder. Mais surpreso ainda fiquei quando o estudante anunciou que não havia desistido. Na realidade tinha muitas respostas, e estava justamente escolhendo a melhor. Desculpei-me pela interrupção e solicitei que continuasse.

No momento seguinte ele escreveu esta resposta:

2)    'Vá ao alto do edifico, incline-se numa ponta do telhado e solte o barômetro, medindo o tempo de queda desde a largada até o toque com o solo. Depois, empregando a fórmula h = (1/2)gt^2  calcule a altura do edifício.'

Perguntei então ao meu colega se ele estava satisfeito com a nova resposta, e se concordava com a minha disposição em conferir praticamente a nota máxima à prova. Concordou, embora sentisse nele uma expressão de descontentamento, talvez inconformismo.

Ao sair da sala lembrei-me de que o estudante havia dito ter outras respostas para o problema. Embora já sem tempo, não resisti à curiosidade e perguntei-lhe quais eram essas respostas.

"Ah!, sim," - disse ele - "há muitas maneiras de se achar a altura de um edifício com a ajuda de um barômetro."

Perante a minha curiosidade e a já perplexidade de meu colega, o estudante desfilou as seguintes explicações.

3)    "Por exemplo, num belo dia de sol pode-se medir a altura do barômetro e o comprimento de sua sombra projetada no solo, bem como a do edifício. Depois, usando uma simples regra de três, determina-se a altura do edifício."

4)    "Outro método básico de medida, aliás, bastante simples e direto, é subir as escadas do edifício fazendo marcas na parede, espaçadas da altura do barômetro. Contando o número de marcas ter-se-á a altura do edifício em unidades barométricas."

5)    "Um método mais complexo seria amarrar o barômetro na ponta de uma corda e balançá-lo como um pêndulo, o que permite a determinação da aceleração da gravidade (g). Repetindo a        operação ao nível da rua e no topo do edifício, têm-se dois g's, e a altura do edifício pode, a princípio, ser calculada com base nessa diferença."

6) "Finalmente", concluiu, “se não for cobrada uma solução física para o problema, existem outras respostas”. Por exemplo, pode-se ir até o edifício e bater à porta do síndico. Quando ele aparecer; diz-se:
- Caro Senhor síndico, trago aqui um ótimo barômetro; se o Senhor Me disser a altura deste edifício, eu lhe darei o barômetro de presente.'"

A esta altura, perguntei ao estudante se ele não sabia qual era a resposta 'esperada' para o problema. Ele admitiu que sabia, mas que estava tão farto com as tentativas dos professores de controlar o seu raciocínio e cobrar respostas prontas com base em informações mecanicamente arroladas, que ele resolveu contestar aquilo que considerava, principalmente, uma farsa.

Talvez o nosso sistema educacional (e o resto do mundo) fosse melhor se existisse mais gente disposta a confrontar o sistema e buscar novas respostas para velhos problemas.

Navegando com Bene

Aceitando a sugestão de amigos, resolvi encarar o desafio e ousei dar início ao nosso blog.
Pretendo que venha a ser um espaço ao mesmo tempo ameno e profundo, atual e atemporal, sem regras fixas mas que trate o público e as matérias com a devida seriedade e o possível bom humor.
O projeto é manter, no mínimo, uma postagem semanal sobre assuntos variados. Espera-se que venha a ser, com novos recursos tecnológicos, uma versão cibernética dos "Recados do Bene", que circulavam no âmbito do velho e saudoso Banespa, às segundas feiras. Talvez até façamos a postagem de alguns recados "requentados", pois se alguns se tornaram ultrapassados e anacrônicos, outros ainda se mostram bem atuais e adequados ao Século XXI.
Somente as pessoas que não me levam a sério são capazes de me entender.  O verdadeiro velejador não tem compromisso com sua rota. Veleja apenas, pouco importando o rumo. Não busca objetivos definidos, concretos. Não tem conquistas a fazer. Não está competindo. Nada precisa provar. As idéias não são valiosas por serem verdadeiras ou não, são valiosas por serem idéias. Por pertencerem, por conseqüência, ao infinito mundo das possibilidades.  Dentre os homens, a função de alguns é descortinar possibilidades. O rumo não lhes pertence. O leme não lhes interessa. Do rumo, proprietária é a humanidade.