terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Eternos namorados


Richard Bach, autor imortalizado pela obra Fernão Capelo Gaivota, escreveu livros como Longe é um lugar que não existe, Ilusões, Para todo o sempre e vários outros onde escancarava o seu amor por Leslie Parrish, atriz americana com quem foi casado de 1977 a 1999.
Uma das regras para um bom relacionamento, que tenho usado nos últimos vinte anos como garantia da continuidade do arrebatamento, é baseada no questionário abaixo, de autoria de Bach:

O que vocês têm de tão espetacular para permanecerem apaixonados ?
1.     Você é carinhoso/a com ela/ele?
2.     É compreensivo/a, dá-lhe apoio?
3.     É comunicativo/a, sabe conversar?
4.     É aberto/a, sensível aos sentimentos dela/dele?
5.     É atencioso/a, divertido/a, entusiasta, fascinante e interessante?
6.     É romântico/a? É solícito/a? Faz agrados?
7.     É prestativo/a, inspira confiança e resolve problemas?
8.     É uma hábil pessoa de negócios?
9.     Para ela/ele, você é um abrigo nas horas difíceis?
10.  É grande parceiro/a, um verdadeiro amigo/a dela/dele? 

       Bene

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Entendendo a Velhice

Para começo de conversa, vamos deixar de lado essa mania politicamente correta de chamar negro de afrodescendente e gordo de obeso. Por acaso isso vai mudar a cor de nascimento de uns e o perfil abdominal de outros? Velho é velho. Chamar de idoso é eufemismo inútil. Idiotice legal.
O fenômeno do envelhecimento sempre me intrigou. Como justificar a perda de altura e aumento da cintura? Por que os cabelos rareiam na cabeça e se mudam para as orelhas, que parecem crescer com o tempo?
Agora, com quase setenta anos, acredito ter entendido a velhice e possuir experiência e credenciais para falar sobre o assunto com conhecimento de causa.
Se tirarmos 10 cópias de um mesmo documento ou foto originais, a qualidade será idêntica, quase um clone. Mas, se formos tirando cópia de cópia, a qualidade vai se perdendo gradativamente, até tornar-se um simples borrão.
Pois bem, a vida é dinâmica e as nossas células estão continuamente morrendo e nascendo, em um processo de renovação permanente até enquanto estamos dormindo. A ciência afirma que, em média, a cada dois anos todas as células do nosso corpo são substituídas, isto é, a cada dois anos somos uma pessoa inteiramente nova, embora parecida com a anterior.
Como já caminho para a minha 35ª cópia, agora fica mais fácil entender e aceitar a barriga maior e altura menor, a flacidez que insiste em reduzir a tonicidade muscular, a prudência (ou medo senil) que substitui a ousadia (ou temeridade juvenil).
Assim, procuro viver cada dia da melhor maneira possível, sem me preocupar com a natural degradação de cópias sucessivas. Minhas armas para amenizar o processo são: comer a metade, andar o dobro e rir o triplo. Também resolvi não ficar velho, decretando que, para mim, velha é aquela pessoa que tem 20 anos mais do que eu.
Como nada podemos fazer diante do fenômeno natural do envelhecimento, uma vez que começamos a morrer a partir do dia em que nascemos, resta-nos a compensação cívica de deixarmos um legado de valores morais para as novas gerações.
Carpe diem !
 

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Que coisa !


Meu irmão enviou-me uma crônica, de autoria desconhecida, versando sobre a coisa. Gramaticalmente, coisa pode ser substantivo, adjetivo, advérbio. Também pode ser verbo: o Houaiss registra a forma "coisificar". E no Nordeste há "coisar". Coisar, em Portugal, equivale ao ato sexual, lembra Josué Machado. Já as "coisas" nordestinas são sinônimas dos órgãos genitais. Na Paraíba e em Pernambuco, "coisa" também é cigarro de maconha.
Na literatura, é coisa antiga. Antiga, mas modernista: Oswald de Andrade escreveu a crônica O Coisa, em 1943. A Coisa é título de romance de Stephen King. Simone de Beauvoir escreveu A Força das Coisas, e Michel Foucault, As Palavras e as Coisas.
Coisa não tem sexo: pode ser masculino ou feminino. Coisa-ruim é o capeta. Coisa boa é a Juliana Paes. Nunca vi coisa assim!
Coisa também não tem tamanho. Na boca dos exagerados, "coisa nenhuma" vira "coisíssima". Mas a "coisa" tem história na MPB. No II Festival da Música Popular Brasileira, em 1966, estava na letra das duas vencedoras: Disparada, de Geraldo Vandré ("Prepare seu coração / Pras coisas que eu vou contar"), e A Banda, de Chico Buarque ("Pra  ver a banda passar / Cantando coisas de amor").  Naquele ano do festival, no entanto, a coisa tava preta (ou melhor, verde-oliva). E a turma da Jovem Guarda não tava nem aí com as coisas: "Coisa linda / Coisa que eu adoro".
Cheio das coisas. As mesmas coisas, Coisa bonita, Coisas do coração, Coisas que não se esquece, Diga-me coisas bonitas, Tem coisas que a gente não tira do coração. Todas essas coisas são títulos de canções interpretadas por Roberto Carlos, o "rei" das coisas.
Por essas e por outras, é preciso colocar cada coisa no devido lugar. Uma coisa de cada vez, é claro, pois uma coisa é uma coisa; outra coisa é outra coisa. O cheio de coisas é o indivíduo chato, pleno de não-me-toques. O cheio das coisas, por sua vez, é o sujeito estribado. Gente fina é outra coisa. Para o pobre, a coisa está sempre feia: o salário-mínimo não dá pra coisa nenhuma.
A coisa pública não funciona no Brasil. Desde os tempos de Cabral. Político quando está na oposição é uma coisa, mas, quando assume o poder, a coisa muda de figura. Quando se elege, o eleitor pensa: "Agora a coisa vai." Coisa nenhuma! A coisa fica na mesma. Uma coisa é falar; outra é fazer. Coisa feia! O eleitor já está cheio dessas coisas!
Se as pessoas foram feitas para ser amadas e as coisas, para ser usadas, por que então nós amamos tanto as coisas e usamos tanto as pessoas? Bote uma coisa na cabeça: as melhores coisas da vida não são coisas. Há coisas que o dinheiro não compra: paz, saúde, alegria e outras cositas más.
Por isso, faça a coisa certa e não esqueça o grande mandamento: "amarás a Deus sobre todas as coisas".

 

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

A Travessia


Se A Cabana tocou seus corações, A Travessia não irá decepcioná-los. Embora esse livro não seja uma continuação daquele, ele segue o mesmo estilo e gênero.
Essa é uma historia sobre as escolhas que fazemos e a maneira imprevisível como elas afetam não só a nossa vida, mas também o coração e o mundo das pessoas à nossa volta. É sobre sermos convidados pelas circunstâncias a examinar quem somos e, talvez, a abraçar as escolhas que fizemos e suas consequências – em vez de fugir delas.
O extraordinário se esconde nas coisas mais simples, mas a maioria das pessoas está ocupada demais perseguindo ou alcançando o sucesso, sem se preocupar com o alto preço que terá de pagar, sacrificando os relacionamentos e aquilo que realmente importa em nome de ilusões.
Ganhei da minha mulher o livro A Cabana no Natal de 2010 e o devorei em três dias. Agora, eu me presenteei com A Travessia, novo livro de William P. Young, para mais uma revisão dos objetivos existenciais e redefinição do plano de vida para 2013.
Saúde e paz !
 

A TRAVESSIA
William P. Young
Editora Arqueiro
 ISBN 978-85-8041-108-9

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

+ Adrenalina

 
 
No último domingo de 2012, no dia 30/12, tive o prazer e a honra de fazer rafting no Rio Itajaí-Açu com os jovens André, Karina, Charles e Karina Daruiche. É lindo o Vale Europeu, de Santa Catarina.
Quero registrar que os momentos de contemplação e de adrenalina ali vividos são inesquecíveis e difíceis de serem descritos em sua real dimensão.
Aprender e praticar os comandos de: frente forte, , piso e parar foram motivo de forte emoção, assim como entender a energia e o bom humor do condutor que passavam a imagem de segurança e profissionalismo.
Lembranças em profusão e sentimentos difusos me invadiram ao navegar entre as pedras, nos saltos e corredeiras do rio largo, barrento e caudaloso. Desde imagens da infância, quando acompanhava meu pai nas pescarias, até fazendo navegação fluvial no Rio Paraíba do Sul, nos tempos da engenharia do exército, em Pindamonhangaba, SP.
Após tomar uma taça de champanhe e cumprimentar os familiares na hora do réveillon, fiquei olhando o brilho da lua e saboreando mais essa proeza anotada na minha biografia. A sensação foi tão boa, que já começo a imaginar qual será a façanha de 2013. Com o tempo, vocês ficarão sabendo.
Feliz ano novo para todos, com + adrenalina.