terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Paciência

Paciência é uma virtude de manter um controle emocional equilibrado, sem perder a calma, ao longo do tempo. Consiste basicamente de tolerância a erros ou fatos indesejados. É a capacidade de suportar incômodos e dificuldades de toda ordem, de qualquer hora ou em qualquer lugar. É a capacidade de persistir em uma atividade difícil, tendo ação tranqüila e acreditando que irá conseguir o que quer, de ser perseverante, de esperar o momento certo para certas atitudes, de aguardar em paz a compreensão que ainda não se tenha obtido, capacidade de ouvir alguém, com calma, com atenção, sem ter pressa, capacidade de se libertar da ansiedade. A tolerância e a paciência são fontes de apoio seguro nos quais podemos confiar. Ser paciente é ser educado, ser humanizado e saber agir com calma e com tolerância. A paciência também é uma caridade quando praticada nos relacionamentos interpessoais.
Diz-se que dentre as sete virtudes, a mais difícil de desenvolver é a paciência, mas uma vez desenvolvida, esta traz inúmeros benefícios. É possível exercitar a paciência em diversas áreas, como por exemplo: no trânsito, na fila do banco, na convivência familiar, no namoro, no trabalho, nos estudos, etc. Uma pessoa paciente sabe que é preciso praticá-la muito até alcançar um objetivo final desejado.
Felix Guisard, um dos pioneiros da indústria têxtil no Brasil, a quem muito devem Taubaté e o Vale do Paraíba, foi um homem probo e cidadão exemplar que tinha como divisa:
Paciência – Prudência – Perseverança.
 
Bene

 

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Pureza

 

Pureza, que se contrapõe à luxúria, é um conceito muito mais amplo do que apenas castidade, que pode ser definido como uma opção de vida ou de conduta ética, moral, espiritual, social, sexual, gastronômica, humana e holística.

Para o Cristianismo a pureza é referida como uma necessidade para a realização plena de uma vida em comunhão com Deus e com os semelhantes. Várias são as passagens da Bíblia que recorrem à idéia de pureza, seja do coração, das intenções, dos pensamentos, da vida em sociedade. Herança direta da educação asceta orientada pelos essênios a Cristo, durante os anos de iniciação espiritual do Messias.

·        Em Salmos 24:3-4: Quem subirá ao monte do Senhor, ou quem estará no seu lugar santo? Aquele que é limpo de mãos e puro de coração; que não entrega a sua alma à vaidade, nem jura enganosamente.

·        Em Tito 1:15: Tudo é puro para os que são puros, mas para os corrompidos e incrédulos nada é puro; antes tanto a sua mente como a sua consciência estão contaminadas.

Na filosofia grega pré-socrática, Parmênides de Eléia foi o primeiro a enunciar a necessidade de princípios intelectuais puros na condução do pensamento e do poder mental, imprescindíveis para a interação com o Uno ou Imóvel ou O Ser; Sócrates, com a busca por um ascetismo intelectual e pela enunciação do Conhece-te a ti mesmo, conhece a tua Alma. Platão herdou de seu mestre Sócrates o conceito de Verdade e sobre ele elaborou uma filosofia idealista alicerçada na condutra ética da sociedade, a qual, governada por filósofos, seria por ela orientada e com isso o Bem seria atingido em detrimento das Trevas, metaforizada no mito da caverna, segundo o qual a condição humana é de obscuridade. O estoicismo helenístico pregava uma vida asceta ou estóica, caracterizada pela interiorização e relação íntima com os ditames da Natureza ou Divindade, livre de paixões, desejos, ansiedades pessoais. O Budismo aproxima-se desse conceito quando critica o personalismo das ações humanas ou o Ego agente, que estariam na raiz do karma; igualmente o Nirvana é um estado de pureza espiritual, ocasionado pelas práticas ascéticas e pela meditação.

No mundo moderno, acreditamos que a ausência dessa virtude esteja na raiz de muitas mazelas atuais, como o hedonismo, corrupção, impunidade, inversão de valores, “lei de Gerson”, degradação moral, etc.

 

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Generosidade


As pessoas generosas chegam à vida de portas abertas.
Confiam na luz que possuem dentro de si e acreditam que merecem e que receberão o necessário do Universo, sendo assim sentem alegria em compartilhar, não têm medo de doar e de se dar.
Seja numa relação de trabalho, de amizade ou num relacionamento afetivo, os generosos têm uma proposta de criar o melhor. Dão o melhor de si, querem construir a coisa grande e bela, querem o bem de todos, almejam a beleza, são de certa forma inocentes e pouco defendidos.
Em geral têm como premissa a bondade humana e dão a todos o benefício de considerá-los dignos de receberem o seu melhor. O foco está em dar sem esperar receber, como Madre Tereza de Calcutá.

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Humildade


Humildade vem do latim humilitas, e é a virtude que consiste em conhecer as suas próprias limitações e fraquezas e agir de acordo com essa consciência. Refere-se à qualidade daqueles que não tentam se projetar sobre as outras pessoas, nem mostrar ser superior a elas. A Humildade é considerada pela maioria das pessoas como a virtude que dá o sentimento exato do nosso bom senso ao nos avaliarmos em relação às outras pessoas. Características como cordialidade, respeito, simplicidade e honestidade, embora sejam frequentemente associadas à humildade, são independentes. Portanto, quem as possui não precisa necessariamente ser humilde.

Muito confundida com modéstia, pode ser exatamente o contrário, o modesto tem falta de ambição, a humildade pode estar no ato de reconhecer que em determinado momento estamos sendo ambiciosos ao invés de gananciosos.

Diz-se que a humildade é uma virtude de quem é humilde; quem se vangloria mostra simplesmente que a humildade lhe falta. É nessa posição que talvez se situe a humilde confissão de Albert Einstein quando reconhece que “por detrás da matéria há algo de inexplicável”.

Um das caraterísticas de Jesus Cristo foi a humildade, pois a Bíblia diz que Ele "sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz" (Carta de Paulo aos Filipenses 2:6-8, ARC).

Num encontro do Papa João XXIII com uma freira, no convento do Espírito Santo, em Roma, temos um bom exemplo de humildade, no seguinte diálogo:

- Santidade, eu sou a superiora do Espírito Santo.
                        - Que sorte a sua, irmã. Eu sou apenas um servo de Deus.