sábado, 24 de setembro de 2011

UM SATÉLITE NA CABEÇA

Cair um satélite na cabeça é 15 mil vezes mais
fácil do que ganhar na Mega-Sena

 Lançado pela agência espacial americana em 1991, o Uars funcionou até 2005, observando a atmosfera. Atualmente desativado, o satélite do tamanho de um ônibus caiu em algum lugar da Terra, possivelmente no Canadá, nesta madrugada de 24/09/11. A informação é da Nasa, que afirma, porém, que as chances de que alguém tenha sido atingido são mínimas - cerca de 1 em 3.200.
Desde então, ele era apenas um entre vários satélites defuntos e outros objetos que sujam a órbita do planeta. De acordo com a Nasa, há "pelo menos" 20 mil fragmentos com mais de 10 cm nos arredores terrestres. Nesse "lixão" espacial tem de tudo. Desde satélites inteiros desativados, até peças de foguetes e naves.
Também entram na conta outros objetos “perdidos” por astronautas, como câmeras fotográficas, ferramentas e até uma luva. No início do mês, um relatório do Conselho de Pesquisa Nacional dos EUA – entidade privada e sem fins lucrativos que fornece consultoria científica – afirmou que os detritos espaciais chegaram a um "ponto crítico".
Portanto, é 15.645 vezes mais fácil cair um pedaço de satélite na nossa cabeça, do que ganhar na MEGA-SENA, cujas chances matemáticas de acertar são de 50.063.860 para uma aposta simples de 6 palpites ao custo de R$ 2,00.
Assim sendo, é mais vantajoso usar capacete de proteção do que jogar na loteria. 

Bene

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Seis graus de separação

Você já ouviu falar da teoria dos seis graus de separação?
Não? Eu explico. A teoria dos seis graus de separação é baseada num estudo científico realizado em Harvard onde foi possível confirmar a hipótese, aparentemente amalucada, de que você está separado de qualquer outra pessoa no planeta – isso mesmo, no PLANETA – por apenas seis apertos de mão. Logo, apenas seis pessoas poderiam te conectar com todo o restante dos humanos vivos, desde aquele eremita que vive solitário nas montanhas do Gabão até qualquer astro de Hollywood, passando pelos pescadores coreanos, os astronautas americanos, o papa, o Obama ou o Ronaldinho Gaucho.
Eu tenho uma amiga que assegura a veracidade dessa teoria com outra proposta, a de que na humanidade existem apenas umas 10.000 pessoas de fato. O resto é figuração.
Você encontra uma pessoa e indaga se ela conhece uma outra, ou conhece alguém que a conheça. Se a resposta for positiva, ela estará incluída nos 10.000 indivíduos que têm existência real, que efetivamente se relacionam por laços sociais menores do que seis. É claro, que você, eu, nossos amigos, Obama, Dalai Lama, Pelé, Rainha Elizabeth, o gerente do banco, o português da padaria e mais algumas pessoas integram esse seleto rol.
Em caso negativo, trata-se apenas de mais um figurante, dentre os bilhões que perambulam pelo planeta. 

Bene

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

A LÍNGUA NOSSA DE CADA DIA


Tudo bem que a nova tendência é a economia de tempo e de espaço. A azáfama dos novos tempos faz com que sejamos engolfados pela neurose da falta de tempo. As inovações tecnológicas, que deveriam servir para nos poupar tempo e aumentar a qualidade de vida, acabaram por nos escravizar por completo: smartphones, tablets, notebooks, banda larga, wire less, blue tooth e assemelhados, longe de nos libertarem, nos mantêm ligados full time e nos levam a twitar com brevidade criando novas formas de escrita e utilizando emoticons.

 Vc naum acha d +?  Bjs.   Kkkkkkk  J 

Algum tempo atrás, eu cheguei a prometer que seria mais breve nas minhas postagens, seguindo a tendência e pensando em tornar a leitura dos meus textos mais acessível para os mais jovens. Hoje, decidi exatamente o contrário. Não vou me nivelar por baixo e aceitar a tendência emburrecedora que assola o país na esteira da desconstrução educacional de um estado que deve ter discutíveis motivos para tanto.

Não preciso economizar tempo nem espaço. Tempo é tudo o que me resta, uma vez que estou aposentado e com filhos criados. E mais, estudei latim, grego e bastante português. Já plantei árvores e escrevi livros, mas ainda estou bastante vivo, com direitos a usufruir e deveres de cidadania para cumprir.

Uma das formas de exercer a cidadania, além de votar em quem merece, deve ser o de ajudar a melhorar a educação do meu povo.

Continuarei a tecer as minhas considerações com a possível objetividade, mas sem abrir mão de algum esmero na prolação vocabular, que caracteriza o bom uso do vernáculo, estimulando dessa forma os meus leitores a compulsar o “pai dos burros” e, eventualmente, conquistar alguma erudição.

Essa estratégia já foi utilizada nos tempos do Banespa, quando eu inseria uma ou duas palavras pouco usuais no “Recado do Bene”, por um pouco mais de duzentas semanas.

Você não acha formidável*?
 

 Bene
 

* confira no dicionário a 1ª acepção de formidável




sábado, 10 de setembro de 2011

- PAI, COMEÇA O COMEÇO !




Quando eu era criança e pegava uma tangerina para descascar, corria para meu pai e pedia: - "pai, começa o começo!". O que eu queria era que ele fizesse o primeiro rasgo na casca, o mais difícil e resistente para as minhas pequenas mãos. Depois, sorridente, ele sempre acabava descascando toda a fruta para mim. Mas, outras vezes, eu mesmo tirava o restante da casca a partir daquele primeiro rasgo providencial que ele havia feito.
Meu pai faleceu há muito tempo (e há anos, muitos, aliás) não sou mais criança. Mesmo assim, sinto grande desejo de tê-lo ainda ao meu lado para, pelo menos, "começar o começo" de tantas cascas duras que encontro pelo caminho. Hoje, minhas "tangerinas" são outras. Preciso "descascar" as dificuldades do trabalho, os obstáculos dos relacionamentos com amigos, os problemas no núcleo familiar, o esforço diário que é a construção do casamento, os retoques e pinceladas de sabedoria na imensa arte de viabilizar filhos realizados e felizes. Sem contar o enfrentamento sempre tão difícil de doenças, perdas, traumas, separações, mortes, dificuldades financeiras e, até mesmo, as dúvidas e conflitos que nos afligem diante de decisões e desafios.
Em certas ocasiões, minhas tangerinas transformam-se em enormes abacaxis...
Lembro-me, então, que a segurança de ser atendido pelo papai quando lhe pedia para "começar o começo" era o que me dava a certeza que conseguiria chegar até ao último pedacinho da casca e saborear a fruta. O carinho e a atenção que eu recebia do meu pai me levaram a pedir ajuda a Deus, meu Pai do Céu, que nunca morre e sempre está ao meu lado. Meu pai terreno me ensinou que Deus, o Pai do Céu, é eterno e que Seu amor é a garantia das nossas vitórias.
Quando a vida parecer muito grossa e difícil, como a casca de uma tangerina para as mãos frágeis de uma criança, lembre-se de pedir a Deus:
"Pai, começa o começo!". Ele "começará o começo" e deixará você resolver a situação.
 

Mais uma colaboração de José Carlos Mascarenhas Pinto