domingo, 10 de novembro de 2013

Pensando na morte para viver melhor*

 
Hoje, na minha leitura matutina do jornal, encontrei um bom artigo de Paulo Coelho, que confesso não ser um dos meus autores preferidos. Entretanto, creio que o assunto merece ser compartilhado por se tratar de uma reflexão rara e oportuna. Transcrevo alguns trechos:
“Creio que esta minha coluna é lida em, aproximadamente, 3 minutos. Pois bem: segundo as estatísticas, neste espaço de tempo irão morrer 300 pessoas e outras 620 nascerão.
Talvez eu demore meia hora para escrevê-la: estou concentrado no meu computador, com livros ao meu lado, ideias na cabeça, carros passando lá fora. Tudo parece absolutamente normal à minha volta; entretanto, durante estes 30 minutos, 3 mil pessoas morrerão e 6.200 verão, pela primeira vez, a luz do mundo.
Onde estarão estas milhares de famílias que apenas começaram a chorar a perda de alguém ou rir com a chegada de um filho, neto ou irmão?”
“Que coisa. Uma simples estatística, que olhei por acaso, e de repente estou sentindo essas perdas e esses encontros, esses sorrisos e essas lágrimas. Quantos estarão deixando esta vida sozinhos, em seus quartos, sem que ninguém se dê conta do que está acontecendo? Quantos nascerão escondidos e serão abandonados na porta de asilos ou conventos?” 
“As pessoas pensam muito pouco na morte. Passam suas vidas preocupadas com verdadeiros absurdos, adiam coisas, deixam de lado momentos importantes. Não arriscam, porque acham que é perigoso. Reclamam muito, mas se acovardam na hora de tomar providências. Querem que tudo mude, mas elas mesmas se recusam a mudar.
Se pensassem um pouco mais na morte, não deixariam jamais de dar o telefonema que está faltando. Seriam um pouco mais loucas. Não iam ter medo do fim desta encarnação – porque não se pode temer algo que vai acontecer de qualquer jeito.”  
Espero que você, leitor, tenha chegado até aqui. Seria uma bobagem assustar-se com o título, porque todos nós, cedo ou tarde, vamos morrer. E só quem aceita isso está preparado para viver. 
 
* AT-Revista Ed.467 - 10nov2013

terça-feira, 5 de novembro de 2013


 
Como Rolim Adolfo Amaro criou a TAM e sua filosofia de negócios. 

Quando me emprestou esse livro, que ganhou do filho Flavinho, meu irmão José Flávio fez uma declaração bombástica: “Pela primeira vez consegui ler, em menos de três meses, um livro de 400 páginas. A história do Rolim e a forma como o livro a apresenta, prendem o leitor”.
Esse é o relato sem retoques de uma das mais impressionantes trajetórias do cenário empresarial brasileiro, a do Comandante Rolim Amaro. De autoria do jornalista e romancista Thales Guaracy, O sonho brasileiro acompanha a intimidade e a vida profissional de um administrador carismático e visionário. Protagonista da história econômica do país, Rolim dava supremo valor ao ser humano e ao que julgava essencial a seu sucesso: sonhar.
Nascido em 15/09/1942, numa família de poucos recursos na região de Pereira Barreto, SP, não concluiu os estudos para começar a trabalhar ainda muito jovem. Fez de tudo e passou necessidades, mas sempre foi um sonhador obstinado. Aprendeu a voar, mascateou no Araguaia, foi piloto da Vasp, onde não ficou mais de seis meses. Voltou a pilotar táxi aéreo onde conheceu grandes empresários, muitos dos quais se tornaram seus amigos e apoiadores.
De último piloto na escala do Táxi Aéreo Marília, passou a dono da TAM que superou a VARIG e chegou a ter mais de uma centena de jatos, com faturamento superior a um bilhão de dólares, quando desapareceu em acidente fatal com o helicóptero que pilotava, na região de Pedro Juan Caballero, no dia 06/06/2001.
Meu irmão tinha razão. O livro é tão bom e o estilo da narração tão forte, que não levei mais do que sete dias para dar conta do livro que agora recomento.
Valeu a pena. 
 

ISBN 85-89876-02-0