O
filme "Hannah
Arendt", da Diretora Margarethe von
Trotta, conta um período da vida da escritora e filósofa judia
alemã, Hannah Arendt, exilada nos EUA e que foi à Jerusalém cobrir o
célebre julgamento do nazista Adolf Eichmann, sequestrado na Argentina pelas
forças de Israel.
Hannah escreveu inicialmente alguns instigantes e contestadores artigos sobre
esse evento, na "Revista New Yorker", que depois foram editados sob a
forma de Livro, publicado em 1963, "Eichmann em Jerusalém”.
Quando saíram os artigos e quando foi editado o Livro, a autora foi
execrada por meio mundo, principalmente pela comunidade judia, pela abordagem
estritamente pessoal e inovadora que deu ao caso! A autora defendeu
a tese de que Eichmann não era o monstro que todos pintavam, mas um
burocrata medíocre, que apenas desempenhou com diligência, a tarefa e a
logística de embarcar 6 milhões de judeus nos trens, para a morte nos
campos de Auschwitz. Sem qualquer viés ideológico ou racista, mas
simplesmente porque assim exigiam as regras e funções de seu posto!
E
assim fazia porque ele, Eichmann, como também grande parte da sociedade alemã
e europeia da época, inclusive alguns líderes das comunidades judias,
simplesmente DEIXARAM DE PENSAR e, assim, abriram mão de
sua "HUMANIDADE", tornando-se autômatos - sem ligações e
relações com o Bem e o Mal - nas mãos de um Sistema de
Poder escravizante e alienante.
O grande pecado de Eichmann não foi enviar multidões de judeus para as câmaras
de gás, mas, sim, DEIXAR DE PENSAR, perdendo sua condição
HUMANA e se colocando acima ou à deriva do Bem e do Mal! O que ela chamou
de "A Banalidade
do Mal".
Fico impressionado com a semelhança e a aplicabilidade das teorias de Hannah
Arendt à nossa atual ambiência brasileira, onde nossas Instituições,
nossos Poderes, nossos Políticos e nossa Sociedade, estão agindo exatamente
como agiram essas mesmas Instituições, na era Hitler!
Os nossos "Eichmann´s" podem perfeitamente ser identificados
como um Lulla, um Gilberto Miranda, como esses políticos do PT apóstata e seus
aliados que, são pessoas medíocres e sem qualquer qualidade significativa, mas
que, simplesmente DEIXARAM DE PENSAR e perderam a sua HUMANIDADE, estando
acima ou à deriva do Bem e o Mal!
Seus grandes pecados pelos quais devem ser condenados, como o foi Eichmann, não
são os mensalões, os superfaturamentos, a escravização da população, os roubos
explícitos e o mau uso que fazem do dinheiro público, mas sim, a sua
PERDA DO PENSAR e DA HUMANIDADE, os únicos requisitos que nos distinguem dos
animais!
Essa
condição com que esses atores se revestiram e que, aos poucos, vai sendo
disseminada e induzida como padrão para toda a população brasileira,
constitui-se como a terrível Institucionalização da "Banalidade
do Mal", nos transformando em verdadeiros
autômatos - acima do BEM e do MAL - sob a batuta não se sabe bem de quem,
talvez dos poderosos Sistemas dos chamados "Governos Mundiais", ou do
"Sistema Financeiro Mundial" !...
E
então : já pensou em que grau a perda do "pensar" e da
"humanidade" já chegou perto de você, colocando-o como membro
emérito da "Banalidade do Mal", acima do Bem e do Mal ?
*Texto de Márcio Dayrell Batitucci enviado pelo amigo Flavio Musa