sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Banalidade do Mal *


 
O filme "Hannah Arendt", da Diretora Margarethe von Trotta, conta um período da vida da escritora e filósofa judia alemã,  Hannah Arendt, exilada nos EUA e que foi à Jerusalém cobrir o célebre julgamento do nazista Adolf Eichmann, sequestrado na Argentina pelas forças de Israel.  
          Hannah escreveu inicialmente alguns instigantes e contestadores artigos sobre esse evento, na "Revista New Yorker", que depois foram editados sob a forma de Livro, publicado em 1963, "Eichmann em Jerusalém”. 
          Quando saíram os artigos e quando foi editado o Livro, a autora foi execrada por meio mundo, principalmente pela comunidade judia, pela abordagem estritamente pessoal e inovadora que deu ao caso!   A autora defendeu a tese de que Eichmann não era o monstro que todos pintavam, mas um burocrata medíocre, que apenas desempenhou com diligência, a tarefa e a logística de embarcar 6 milhões de judeus nos trens, para a morte nos campos de Auschwitz.  Sem qualquer viés ideológico ou racista, mas simplesmente porque assim exigiam as regras e funções de seu posto! 
         E assim fazia porque ele, Eichmann, como também grande parte da sociedade alemã e europeia da época, inclusive alguns líderes das comunidades judias, simplesmente DEIXARAM DE PENSAR e, assim, abriram mão de sua "HUMANIDADE", tornando-se autômatos - sem ligações e relações com o Bem e o Mal -  nas mãos de um Sistema de Poder escravizante e alienante.
        O grande pecado de Eichmann não foi enviar multidões de judeus para as câmaras de gás, mas, sim,  DEIXAR DE PENSAR,  perdendo sua condição HUMANA e se colocando acima ou à deriva do Bem e do Mal!  O que ela chamou de "A Banalidade do Mal". 
        Fico impressionado com a semelhança e a aplicabilidade das teorias de Hannah Arendt à nossa atual ambiência brasileira, onde nossas Instituições, nossos Poderes, nossos Políticos e nossa Sociedade, estão agindo exatamente como agiram essas mesmas Instituições, na era Hitler! 
        Os nossos "Eichmann´s"  podem perfeitamente ser identificados como um Lulla, um Gilberto Miranda, como esses políticos do PT apóstata e seus aliados que, são pessoas medíocres e sem qualquer qualidade significativa, mas que, simplesmente DEIXARAM DE PENSAR e perderam a sua HUMANIDADE, estando acima ou à deriva do Bem e o Mal! 
        Seus grandes pecados pelos quais devem ser condenados, como o foi Eichmann, não são os mensalões, os superfaturamentos, a escravização da população, os roubos explícitos e o mau uso que fazem do dinheiro público, mas sim,  a sua PERDA DO PENSAR e DA HUMANIDADE, os únicos requisitos que nos distinguem dos animais! 
        Essa condição com que esses atores se revestiram e que, aos poucos, vai sendo disseminada e induzida como padrão para toda a população brasileira, constitui-se como a terrível Institucionalização da  "Banalidade do Mal", nos transformando em verdadeiros autômatos - acima do BEM e do MAL - sob a batuta não se sabe bem de quem, talvez dos poderosos Sistemas dos chamados "Governos Mundiais", ou do "Sistema Financeiro Mundial" !...      
      E então : já pensou em que grau a perda do "pensar" e da "humanidade" já chegou perto de você,  colocando-o como membro emérito da "Banalidade do Mal",  acima do Bem e do Mal ? 
 
*Texto de Márcio Dayrell Batitucci enviado pelo amigo Flavio Musa