segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Por que os sonhos não se realizam?


Porque estamos habituados a pensar e agir como crianças impotentes. A grande maioria coloca o poder nas mãos de outras pessoas e vive infeliz numa condição de dependência fazendo coisas que acha que deve ou precisa fazer. Já passou da hora de deixarmos de nos sentir “vítimas” e começar a atuar como “protagonistas” da nossa própria vida, exercitando a autonomia de pensar com a própria cabeça, correndo bons riscos. O Brasil sempre terá a nossa cara. Portanto, todos e cada um temos uma parte de responsabilidade no caos atual.
A propósito, Ozires Silva, com a experiência de ter presidido três das maiores empresas brasileiras, Petrobras, Embratel e Varig, o engenheiro aeronáutico, atual reitor da Unimonte, em Santos SP, deu uma entrevista ao jornal A TRIBUNA de 14.12.14, onde afirma com todas as letras que a responsabilidade recai sobre a ineficácia governamental. Desse governo “eleito” pelo povo.
INCENTIVOQualquer pessoa que ler a entrevista vai pensar: esse cara é um liberal, reacionário ou coisa do tipo. Mas o certo é que o governo dê condições de vida digna para a população, não para o governo. (Quanta lucidez!)
MUDANÇACreio que precisamos de mudanças bem grandes, necessárias ao Brasil há décadas. Você não pode fazer nada sem o carimbo governamental. E o cidadão está acostumado com isso, acha que precisa do governo para tudo. (vide “bolsa esmola”)
INFLAÇÃOÉ uma das consequências de uma gestão incorreta no país. Se o Brasil estivesse bem gerenciado, com tudo bem cuidado, a inflação não seria um problema.  (Mantega?)
MINISTÉRIONão estou preocupado com a escolha do ministro da Fazenda. Não me importo com o ministro da Educação também. Importo-me com o plano de governo. E não vejo na cabeça da presidente Dilma uma mentalidade dessa natureza. (nem seria possível)
INDÚSTRIA O melhor estímulo para a indústria é tirar o governo da frente e desamarrar o mercado. Chega de paternalismo estatal. (Adam Smith estava certo)
CÂMBIOO câmbio precisa ser livre. O governo não deve fixar uma taxa ou manter o câmbio alto. Essas decisões atrapalham tudo. Tem que ter liberdade para se ajustar às leis de mercado e valorizar a competitividade no mundo globalizado.
PETROBRASDeixou de ser uma das maiores empresas do mundo. Quem é o culpado por isso? O governo. Por que a Petrobras não é uma empresa livre para fazer o que precisa? O mercado precisa ser aberto. Hoje, a Petrobras não tem condições de desenvolver o pré-sal. (que será inviável com custos inferiores a U$ 80 no mercado global).
L

sábado, 22 de novembro de 2014

Dez Mandamentos


Degelo na Antártida, Ebola na África, guerras no oriente, tiros em Columbine, socialismo moreno na América Latina, Foro de São Paulo, fraude eleitoral, mensalão, petrolão e quejandos me fazem pensar que está chegando o fim do mundo.
Com inundações no nordeste e estiagem no sudeste, parece que o mundo está de cabeça para baixo. A Natureza, tão violentada pelo bicho homem, se mostra descontrolada. Drogas, violência, criminalidade, impunidade e a nova moda de correr pelado pelas ruas e parques parecem indicar uma substancial subversão dos valores tradicionais.
Mas, o homem é o bicho do homem. Tudo poderia ser muito melhor, mais harmônico, saudável e feliz, sem necessidade de termos prisões, juízes, promotores, delegados, policiais e código penal. Sábios princípios de higiene, educação, convivência familiar e respeito à natureza podem ser encontrados nos livros do Eclesiastes e Eclesiástico, no antigo testamento da Bíblia. Bons conselhos e hábitos saudáveis que nos foram ensinados por nossos pais e avós, quando respeito era maior do que o hedonismo.
Todo um complexo conjunto legal e penal poderia ser totalmente dispensado se a humanidade conhecesse e se dispusesse a praticar apenas os 10 Mandamentos.
A propósito, você se lembra quais são?
 
 

sábado, 1 de novembro de 2014

Marina - a mulher do jardim !



Em meio à acirrada campanha eleitoral entre PSDB e PT, recebi um presente do meu filho Gabriel. Era uma biografia de Maria Osmarina Marina da Silva Vaz de Lima, controvertida personagem do cenário político, que foi superada por Aécio Neves no primeiro turno, de forma surpreendente.
A biografia de uma candidata fora do páreo não me despertou grande interesse no momento. E esse foi mais um livro para a minha pilha de espera de leitura, de onde saiu após o decepcionante resultado das urnas divulgado pelo TSE.
Da dedicatória, destaco o seguinte: “O que posso é desejar que esse símbolo de mudança no nosso cenário político seja mais uma inspiração para quem me ensinou a nunca deixar de aprender, mudar e eternamente evoluir”. Em pouco mais de sete dias, devorei de maneira sôfrega, mas ao mesmo tempo analítica, as poço mais de duzentas páginas do livro escrito por Marília de Camargo Cesar, com prefácio do cineasta Fernando Meirelles, editado pela Mundo Cristão.
Surpreendentemente, apaixonei-me pela personagem. Menina acreana de saúde frágil e dotada de vontade férrea, venceu no seringal e está vencendo no mundo. Com nobres ideais, politizada nas comunidades eclesiais de base e inspirada pela teologia da libertação, deixou a selva e foi à luta na cidade grande. Ela diz: “Minha geração ajudou a redemocratizar o país porque tínhamos mantenedores de utopia. Gente como Chico Mendes, Florestan Fernandes, Paulo Freire, Luiz Inácio da Silva e Fernando Henrique Cardoso que sustentava nossos sonhos e servia de referência”.
Quando, depois de 30 anos de militância, deixou o PT e foi para o PV, assim falou na recepção: ”Não venho mais com a ilusão dos partidos perfeitos que acalentei durante a minha juventude, mas venho com a certeza de que homens e mulheres de bem podem aperfeiçoar as instituições, e de que as instituições também aperfeiçoam homens e mulheres de bem”.
No prefácio, Fernando Meirelles escreve: “Enquanto as forças políticas que tocam o Brasil vivem às turras numa discussão estéril sobre quem está mais à direita ou à esquerda e ainda pensam o país com valores e olhos do passado, focados em crescimento e expansão, como se isso ainda fosse sempre razoável e desejável, Marina está voltada para o amanhã. Vê a possibilidade de outro futuro, não só para o Brasil, mas para o mundo todo. Sabe que precisamos começar hoje a mudar alguns paradigmas de nossa vida, se queremos deixar algum planeta para nossos descendentes. Ao compreender como poucos líderes a importância dessa guinada em nossa civilização, Marina mostra-se alinhada com o pensamento científico de ponta e representa o que de mais novo existe hoje no Brasil e no mundo”.
Termino com uma frase da autora sobre a personagem:
Uma mulher que parece acreditar que o mundo pode voltar a ser um jardim”.

Gostei do livro.

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Companheiros de viagem


 
Antes de qualquer outra coisa, vou avisando que sou ótima companhia de viagem. Não é que meus companheiros digam isso para me agradar. É que aprendi que o tempo desfrutado fora de casa, em qualquer lugar do país ou do mundo, é precioso demais: é raro e é caro. Férias e dinheiro são coisas que não se desperdiçam arranjando confusão, ficando emburrado, reclamando do frio ou do calor. Isso a gente pode fazer em casa.

É em casa também que cultivamos nossas mais desarrazoadas manias. Convém trancá-las numa gaveta antes mesmo de fazer a mala quando se viaja acompanhado, a não ser que se saiba muito bem como conciliá-las com o interesse dos outros. Se alguém, por exemplo, não abre mão de corrida matinal, tem também de ver se esse costume não obriga outros a esperar para começar o dia ou a desistir de um programa com horário marcado. Quando as manias da gente tentam se impor a um grupo, o cartão da boa companhia perde muitos pontos logo de saída.

Conheço pessoas que não se importam em viajar. Preferem a solidão a correr riscos com uma companhia chata. Talvez elas mesmas sejam muito maníacas e não suportem desistir temporariamente de seus hábitos e costumes. Seja como for, sempre me pergunto como será fazer refeições sem ter com quem discutir o cardápio e mastigar a comida olhando para o vazio. Parece sem graça.

Viagens são perfeitas quando um grupo reúne gente que gosta mais ou menos das mesmas coisas e tem ritmos semelhantes para acordar, para caminhar, para comer ou para gastar. Melhores companhias são aquelas que conciliam o próprio prazer com o dos outros. São relaxadas, flexíveis, independentes. Contam boas histórias e não se estressam à toa. Sabem que o melhor da viagem pode acontecer no que não estava programado. Isso, claro não inclui pessoas complicadas em volta.
 
NEGÓCIOS, negócios...
Uma das maiores complicações em viagens em grupo é lidar com dinheiro. Há pessoas que fazem uma caixinha para os gastos de toda hora: a parada para o café, o taxi para a balada, os ingressos dos museus. Há outros que revezam espontaneamente a vez de pagar isto ou aquilo de modo que todo mundo abra a carteira em cotas parecidas ao longo da viagem.

Gente pão-dura que passa o tempo com a calculadora na mão fazendo a conversão da moeda e achando tudo caríssimo, deve ser evitada a todo custo. São pessoas insuportáveis e em geral submetem todos a seus rigorosos critérios financeiros. Mas acontece de um grupo incluir alguém com orçamento muito bem limitado. Quando se aceita como companhia alguém nessa circunstância é preciso estar disposto a pagar a ela alguns jantares ou noitadas. Do contrário não se iluda, vai pesar um clima desagradável sobre o grupo.

Cortesias com dinheiro. No entanto, devem ser procedidas de forma discreta. Gentilezas financeiras podem se transformar em ressentimento e mágoa tanto da parte de quem oferece como de quem recebe. Parece estranho? Pois já vi boas companhias quebrarem a cara quando se excederam em generosidades. E também vi generosos transmutados em cobradores implacáveis. Pessoas não são fáceis.

Problema sério de viagens acompanhadas são as compras, esteja você com amigos ou com seu amor. Muitas vezes a gente só percebe que se deu mal na hora em que aparece o roteiro de lojas a serem visitadas. É conflito na certa se uma parte do grupo ou um lado do casal detesta passar o tempo dentro de grandes magazines ou no comércio de equipamentos eletrônicos.

Se você for do tipo que só entra numa loja ao deparar com algo extraordinário – uma banca de azeites na Toscana ou de temperos na Provence – precisa deixar isso bem claro ao grupo antes da viagem. Para não atrapalhar os planos e compras dos outros, a boa companhia parte para o seu próprio passeio e marca um horário num ponto de encontro que disponha de wi-fi. Quem gosta de comprar sempre se atrasa preenchendo o formulário para o tax-free.

CADA UM PARA UM LADO
A boa companhia é independente. Com o Google Maps na mão e três ou quatro lugares planejados para visitar, o viajante acompanhado tem todo o direito de se separar do grupo para se refugiar num canto qualquer de sua preferência. Se ele estiver cercado de boas companhias, ninguém ficará chateado. Nem todo mundo gosta de museus. Ou de andar a pé. Não é de gostar de fazer tudo junto o que faz as companhias serem boas. Só más companhias não desgrudam jamais.

Bons companheiros às vezes topam com alguém no grupo que não fala língua alguma. Num caso desses, saibam eles que o monoglota vai colar nos mais desembaraçados para fazer os pedidos no restaurante, à recepção de hotel, à balconista da farmácia. Ninguém precisa ser fluente em inglês, francês ou croata para ser boa companhia, basta conseguir se comunicar. Numa situação dessas, porém, não há escapatória além de ajudar quem está desconfortável ou inseguro. Paciência não tem jeito.

Bons companheiros respeitam duas outras regrinhas importantes que, se descumpridas, podem azedar o humor do grupo. A primeira é o cumprimento dos horários combinados. Se todos acertaram de se encontrar às 8,30 h, para tomar o café da manhã, não importa se é dia de lavar o cabelo. A boa companhia acorda mais cedo e chega junto. Saiba que aqueles que esperam retardatários no saguão do hotel sempre falam mal dos que demoram para descer, por mais que sejam bons companheiros.

A outra regrinha trata do tamanho da bagagem. Se companheiros vão dividir o espaço no quarto de hotel, no apartamento alugado, no carro ou no trem, devem lembrar de que, quanto mais leve, melhor a companhia. O ideal seria um volume, além da bagagem de mão.

Existe uma lei universal das viagens que vale tanto para os chatos como para os bons companheiros: elas passam rápido demais. Quando a gente vê já está rodando a chave na porta de casa e administrando a ansiedade com a próxima fatura do cartão. Enquanto durar, a viagem com companhia tem de ser divertida e descomplicada. Na volta, ao olhar para trás, a lembrança trará dias radiantes – mesmo que tenha chovido sem parar.

Quando viajo, em dupla ou em grupo, meu mantra é uma canção na voz de Gal Costa. Dizem os versos: ”Quando a gente está contente, tanto faz o quente, tanto faz o frio, tanto faz. Quando a gente esta contente, nem pensar que está contente, a gente quer”.

Viajar é o barato total, mesmo que custe caro !
 
Mônica Valdvogel

 

 

 

quarta-feira, 23 de julho de 2014

Escutatória


Depois de ver tantos cursos de oratória, pensei em oferecer um curso de escutatória, mas desisti porque ninguém quer aprender a ouvir. Isso é complicado e sutil.
Não é bastante ter ouvidos para ouvir o que é dito. É preciso, também, que haja silêncio dentro da alma. Aí está o difícil.
Não aguentamos ouvir o outro falar, sem logo dar um palpite melhor... Até nossas desgraças tem que ser maiores!
Nossa incapacidade de ouvir é a manifestação mais constante e sutil da nossa arrogância e vaidade. No fundo, nós somos os mais bonitos... Os pianistas, por exemplo, antes de iniciar um concerto, ficam em silêncio sentados diante do piano, esvaziando a alma e expulsando todos os sentimentos estranhos.
Alguns índios americanos usam o bastão da fala. Quem o empunha tem livre uso da palavra, quando todos ouvem com atenção e fazem uma pausa antes do próximo começar a falar. Falar em seguida seria uma grosseria e desconsideração. E não basta o silêncio de fora. É preciso o silêncio dentro. Ausência de pensamentos. E aí, quando se faz o silêncio dentro, a gente começa a ouvir coisas que não ouvia. Eu comecei a ouvir!
No fundo do mar – quem mergulha sabe – a boca fica fechada. Somos todos olhos e ouvidos. Aí, livres dos ruídos do falatório e dos saberes da filosofia, ouvimos a melodia que não havia... Que de tão linda nos faz chorar.
Para mim, Deus é isto: a beleza que se ouve no silêncio.
Daí a importância de saber ouvir os outros: a beleza mora lá também.
Comunhão – comunicação verdadeira – é quando a beleza do outro e a beleza da gente se juntam num contraponto. 
 

Rubem Alves (15/09/1933 — 19/07/2014)

domingo, 6 de julho de 2014

Homens não ficam deprimidos


Aqui vão algumas razões:

1.      Não engravidam.
2.      Os mecânicos (quase) não mentem pra eles...
3.      Nunca vão procurar outro posto de gasolina para achar um banheiro limpo.
4.      Rugas são traços de caráter...
5.      Barriga é prosperidade!
6.      Cabelos brancos são charmosos...
7.      Os sapatos não lhes machucam os pés.
8.      As conversas ao telefone duram apenas 30 segundos.
9.      Para férias de cinco dias, precisam apenas de uma mochila.
10.  Se outro aparecer na festa usando uma roupa igual, não há problema.
11.  Cera quente não chega nem perto.
12.  Ficam assistindo a TV com um amigo, em total silêncio, por muitas horas,  
 sem ter que pensar: "Deve estar cansado de mim".
13.  Se alguém se esquece de convidá-los para alguma festa, ainda assim vai
 continuar sendo seu amigo.
14.  Sua roupa íntima custa no máximo 20 reais (em pacote de 3).
15.  Três pares de sapatos são mais que suficientes.
16.  São incapazes de perceber que a roupa está amassada.
17.  Seu corte de cabelo pode ser o mesmo durante anos, aliás, décadas.
18.  Meia dúzia de cervejas geladas e um jogo de futebol na televisão são o
 suficiente para a extrema felicidade.
19.  Os shoppings não fazem falta para eles.
20.  Podem deixar crescer o bigode.
21.  Se um amigo chamá-lo de gordo, careca, bicha velha, etc., isso não abala
 em nada a amizade
deles. Aliás, é prova de grande amizade.
22.  Podem comprar os presentes de Natal para 25 pessoas, no dia 24 de
 dezembro em, no máximo, 25 minutos!
23.  Para um churrasco, eles precisam de carne, sal grosso, uma faca, uma
 tábua e, no máximo, uma bermuda para limpar os dedos sujos de gordura.
 

Paramos na 23ª para afastar o risco de depressão, definitivamente!

 

quinta-feira, 26 de junho de 2014

Sic transit gloria mundi


 

A minha postagem de n° 159, de 24/03/2014, terminava exatamente com as seguintes palavras: “Planejamento, treinamento e equipamento, tudo dentro de um padrão espartano e funcional recomendado por gente experiente nas trilhas. Bota de montanha, meias grossas, calças de tactel, colete funcional, moletom, capa de chuva, mochila de 40l (para um máximo de 8 quilos), chapéu de pescador, jaqueta impermeável, camisetas de algodão, camisas U.V., nécessaire, lanterna, canivete, celular com GPS e muito fair play”.
Pois assim é, nem sempre as coisas saem como planejamos ou desejaríamos. O título do presente, frase célebre que já foi usada por césares, papas, e até citada no livro de Tomás de Kempis, A Imitação de Cristo, é uma citação latina traduzida por: assim passam as glórias do mundo. Seu verdadeiro significado é mostrar como são efêmeras e transitórias as coisas terrenas.
Assim também foi com o meu projeto de peregrinação pelo Caminho da Fé, a despeito do escrito no parágrafo inicial deste, quando subestimei as dificuldades reais de caminhar pelos picos da Serra da Mantiqueira. Eu tinha equipamentos adequados e estava perfeitamente capacitado a fazer a média de 20 km/dia do percurso, fosse o terreno plano como a praia ou pista de atletismo onde treinei.
O esforço do dia 24 de junho, no trecho de Águas da Prata-SP (800m) a Andradas-MG (1.400m), com 31 km sem qualquer ponto de apoio intermediário, equivalente a subir a serra de Santos, porque a diferença de altitude era da ordem de 600m, foi suficiente para nos fazer desistir ao cabo do dia e buscar melhor condicionamento físico e adequação aeróbica para vencer as íngremes encostas da Serra do Gavião.
A despeito do desgaste físico, foi uma interessante jornada de oito horas, em companhia do fiel amigo Marcelo Teodoro, que documentou a partida, paisagens, placas, outros peregrinos, flores, a Ponte de Pedra e até uma cobra coral que atravessou o caminho à nossa frente. Valeu, por tudo, por termos experimentado e sobrevivido a mais esse encontro com Deus e com a natureza.
Vamos partir para a próxima aventura!

 

segunda-feira, 16 de junho de 2014

Bomba-relógio


Bombas sempre podem ser desarmadas. Mas ninguém sabe ainda como o próximo governo, seja ele qual for, desarmará a bomba dos preços administrados.
Nada menos que um quarto dos preços da economia brasileira está represado por decisão do governo. Entre eles, os da energia elétrica, dos combustíveis e dos transportes urbanos. O objetivo foi segurar a inflação para evitar problemas políticos, especialmente em tempos de eleição. Há entre os analistas certo consenso de que esse represamento pesa entre 1,5 e 2,0 pontos percentuais sobre a inflação. Ou seja, não fosse essa artificialidade, a inflação medida em 12 meses estaria acima dos 7%.
A falta de direção clara deverá deixar o mercado financeiro descalço sobre brasas de fogueira de São João. Como está difícil prever as trajetórias da inflação, do nível dos juros e do próprio câmbio, também a formação dos preços financeiros futuros está sujeita a turbulências.
Na medida em que essa falta de controle passa a ser cada vez mais percebida pelo grande público, fica ainda mais difícil para os governantes manter as rédeas da nação, como se pode observar pelos protestos e manifestações, que recrudesceram em tempos de copa do mundo, chegando a ponto de explodir em ofensas pessoais a uma presidente acuada e muda na abertura do evento.
Analistas locais e internacionais já começam a apostar no fim da hegemonia petista, com uma nova orientação política e econômica para o próximo governo.
Restará o problema de desarmar a bomba-relógio.

sábado, 7 de junho de 2014

Discorde se for capaz


O QUE QUER O PT?                            

O PT não inventou a corrupção, o jogo político de troca de favores e nem as marmeladas, mas foi com tanta sede ao pote que arrebentou com centenas de anos de um jogo porcamente tolerado. Extrapolou todos os limites. Já escrevi que não julgo o PT um partido adversário político dos demais e sim um inimigo perigoso e disfarçado de ser um participante do jogo, o PT quer uma ditadura comunista socialista, este é o objetivo deles e sempre foi, assim como, os demais partidos surgidos dos modelos de URSS, China, Cuba, Albânia e outras tranqueiras. Embora o seu comando seja um balaio de gatos... ELES QUEREM O PODER, o mula, por exemplo, não tem ideologia e sim esperteza... e depois da vitória muitos espertalhões se incluíram no partido.
Os líderes são treinados, dissimulados e como bons egressos do marxismo/ leninismo / castrismo / chavismo e outras porcarias, mentem descaradamente, se fingem de paisagem e estes perigosos levaram uns jornalistas, professores, universitários e religiosos no bico com os discursos de agradar pobres e ignorantes..., como igualdade, reforma agrária, saúde para todos, igualdade de oportunidades... (e por ai se fez a teologia da libertação, a qual foi um estrago sem fim para a igreja católica), mas nunca falaram como, qual o caminho... Eles adoram riqueza (dos outros) e distribuí-la, mas não sabem produzir, julgam os que a produzem são burgueses, de direita, exploradores e origem de todo o mal do universo... Nem todo pobre é bom e nem todo rico é mau..., mas...
O mula ficou oito anos como presidente fazendo discursos de oposição e a cada problema chacoalhava o rabo como se o presidente e o governo (dele) não tivessem nada com isto. O imbecil do manteiga ficou o tempo torpedeando o Meireles do Banco Central. Não se pode negar a grande inclusão social feita pelo PT, mas é preciso ver que ela foi feita baseada na ideia do bolsa escola que veio do governo FHC e que os demais benefícios são dados de maneira irresponsável e que induzem o povo à vagabundagem, Dever-se-ia trocar os bolsas por frentes de trabalho..., mas trabalho ninguém quer, além de antipático na visão do PT..., é a mesma lógica do governo do Zé Ribamar (Sarney) que deu o benefício da aposentadoria a 12 milhões de trabalhadores rurais que nunca contribuíram... eles merecem..., mas quem paga a conta e o rombo do INSS? Político não gosta destas perguntas... eles gostam der inaugurar obras e dar festas... o dia a dia depois... não.
A terrorista ampliou os ministérios para 39 e dá uns gritos para lá e para cá... e ninguém liga...
A copa está aí e greves pululam... a IMOBILIDADE urbana vai bem e os programas de PIORIA CONTÍNUA também... A estatística do IBGE mostra dados ruins..., para com ela, os técnicos gritam que não, volta... Os sistemas de transporte estão no limite, as indústrias se atolando, as estatais sendo assaltadas vergonhosamente pelos sindicalistas (quase faliram a Petrobrás e o Banco do Brasil e a CEF estão numa burocracia sem fim), escolas e professores desmoralizados... Nossa política externa é tenebrosa e nossos parceiros são escolhidos a dedo... os piores possíveis.
O maldito mensalão só atingiu o estado final com prisão por pressões e pelo ministro Joaquim Barbosa... que agora sai. Os tribunais superiores estão tomados e aparelhados, como todo o sistema público... o qual..., se o PT sair hoje levará uns 40 anos para se limpar... O pior não é o aparelhamento com a colocação de gente sem QI, mas a péssima qualidade moral, profissional e sobretudo gerencial do pessoal colocado..., desde sindicalista para ser diretor de estatais..., aliás o mula acha que sindicalista serve pra tudo e que estudar é bobagem. Os livros escolares e os exames de ENEM e ENADE estão recheados de conteúdo ideológico de péssima qualidade... Os sem teto, sem-terra, sem-terra por barragens, índios, quilombolas, desajustados sociais sem eira nem beira e sem emprego... e a legião dos membros do exército Branca Leone são pagos, custeados, liderados e orientados pelo governo... (principalmente pelo Gilberto Carvalho) O que é isto? Numa análise normal seria alguém lutando contra si mesmo???   .... e outros partidecos, talvez teleguiados, pagando uns black blocks... verdadeiros ou falsos... qui lo sa...?
Qual a lógica e objetivo destas coisas? Transformar o Brasil numa Cuba? Numa Venezuela?
Não temos infraestrutura decente de nada. Água, luz, energia, esgotos, comunicação (internet e telefonia de alta tecnologia), lixo (todo o processo, desde a coleta comum, seletiva, reaproveitamento e industrialização), estradas, portos, aeroportos, malha ferroviária, navegação fluvial, lacustre, costeira, silos, entroncamentos multimodais e evoluindo para serviços sociais, de saúde, educação, profissionalização e planejamento de ocupação das pessoas para todas as idades e níveis, pois o mundo está mudando e faltam postos de trabalho. Nossa natalidade é alta nas classes que mais necessitam de apoio e não se fale em planejamento familiar e esterilização de presos, deficientes, profissionais do sexo, etc.
QUE OS DEUSES DA DEMOCRACIA NOS AJUDEM A NOS LIVRAR DOS MAUS POLÍTICOS... PORQUE A MAIORIA DELES, A BASE GOVERNISTA E QUASE TODA A OPOSIÇÃO SÃO DO MESMO NAIPE.

 jose pinto 5/6/14

 

segunda-feira, 26 de maio de 2014

Álbum de figurinhas


Completei hoje, faltando dezessete dias para o início da Copa, o meu “LIVRO ILUSTRADO OFICIAL – OFFICIAL LICENSED – STICKER ALBUM – 2014 FIFA WORLD CUP BRASIL”, conhecido popularmente como álbum de figurinhas da copa.
Com oitenta páginas coloridas, a peça traz tabelas, estádios, recordes, 32 times completos, com logotipos prateados e foto das equipes, histórico de cada jogador e algumas propagandas. Trata-se, sem dúvida, de uma bela recordação e objeto de consulta, apesar de algumas incorreções como a foto de Robinho, que acabou não sendo convocado por Felipão.
Só não entendi o motivo de ter sido utilizada a cor vermelha no estilizado logo da copa, que mais parece alguém envergonhado escondendo o rosto com mão amarela sob cabelos verdes.
As cores do meu Brasil são e sempre serão verde, amarelo, azul e branco. Aqui não há e nunca há de haver lugar para o político vermelho.
Por esse motivo, depois de completar o álbum com os cromos de n° 1 e 484 que ainda me faltavam, levei quase duas horas para, pacientemente, com caneta azul cobrir o 2014 que aparece cerca de 600 vezes no álbum, da capa à contracapa, passando por todas as figurinhas.
Agora, mais tranquilo, posso confidenciar que estou torcendo pela Croácia na abertura da Copa.
E que venham as eleições !

domingo, 23 de março de 2014

Caminho da Fé


Peregrinos sempre existiram, de várias religiões e variadas motivações.

O termo peregrino (do Latim per + agros = aquele que caminha pelos campos) tem uma conotação além do caminhar, do dirigir-se a um determinado local sagrado, requerendo também uma razão pessoal para a caminhada. Cada um tem a sua crença e motivação.
Uma das peregrinações cristãs mais famosas no ocidente, Santiago de Compostela, que o meu filho Marcelo já fez, superpõe-se aos ritos pagãos de Finis Terrae, que consistia em chegar ao extremo ocidental europeu, ao “fim da terra”, para assistir ao por do sol, que renasceria na manhã seguinte no Oriente.
Em 2005, meu amigo banespiano aposentado de Ribeirão Preto, Ovídio Mora, percorreu os 417 km de Tambaú a Aparecida do Norte em 16 dias, conforme narra em seu livro Paciência e Descontração no Caminho da Fé.
Em 2008, outro amigo aposentado do Banespa, Paulo Kaneko, caminhou 54 dias para completar o Caminho de Shikoku, no Japão, circuito de 88 templos ao longo de 1.200 km. Escreveu um belo livro relatando o feito e mantém um blog intitulado O abelha que anda.
Em 2014, mais como desafio pessoal de um “envelhescente” de 70 anos, animado pelo apoio, confiança e incentivo da esposa, familiares e amigos, resolvi encarar esse desafio para, sem pressa nem muito esforço, cobrir os 400 km do Caminho da Fé em fins de maio e começo de junho. Meu mote será a reflexão, o encontro com a natureza e, mais do que espírito de romeiro, praticar o que já é chamado de turismo religioso, com paciência e descontração.
De acordo com o Guia do Peregrino, fornecido pela Associação dos Amigos do Caminho da Fé, existem pousadas ao longo do roteiro, onde deve ser carimbado o passaporte do peregrino. As cidades são: Águas da Prata; Andradas; Barra; Ouro Fino; Borda da Mata, Tocos do Mogi; Estiva; Consolação; Paraisópolis, Sapucaí Mirim; Pindamonhangaba e Aparecida do Norte.
Planejamento, treinamento e equipamento, tudo dentro de um padrão espartano e funcional recomendado por gente experiente nas trilhas. Bota de montanha, meias grossas, calças de tactel, colete funcional, moletom, capa de chuva, mochila de 40l (para um máximo de 8 quilos), chapéu de pescador, jaqueta impermeável, camisetas de algodão, camisas U.V., nécessaire, lanterna, canivete, celular com GPS e muito fair play.
 

Vencido, exausto, quase morto, cortei um galho do teu horto e dele fiz o meu bordão.
Foi minha vista e foi meu tato; constantemente foi o pacto que fez comigo a escuridão.
Pois nem fantasmas nem torrentes, nem salteadores, nem serpentes prevaleceram no meu chão.
Somente os homens, que me viam passar sozinho, riam, riam, riam, não sei por que razão.
Mas, certa vez, parei um pouco, e ouvi gritar: - “Aí vem o louco que leva uma árvore na mão”.
E, erguendo o olhar, vi folhas, flores, pássaros, frutos, luzes e cores... – Tinha florido o meu bordão !

 
Oração ao Cajado – Guilherme de Almeida
 
 

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Marcianos



Nosso mundo está cheio de gente que faz de conta. Se observarmos o Facebook, por exemplo, parece que todos são educados, com as exceções (e excessos) de praxe. São felizes e vivem postando bons conselhos, pensamentos de livros e críticas ao governo. Também defendem a ecologia, as minorias e os animais.
Quando em treinamento, costumamos pedir aos participantes que completem rapidamente, sem serem politicamente corretos, a seguinte frase escrita no quadro: A HUMANIDADE É ...
Ácida, cruel, bela, burra, insana, evolutiva, hipócrita, maravilhosa, falsa, injusta, venal, e outras tantas respostas costumam aparecer, na base de 3 x 1, com defeitos e qualidades. A seguir, pedimos que risquem A HUMANIDADE É ... e escrevam EU SOU, em seu lugar. A princípio, muitos ficam chocados.
Quer queiramos ou não, a humanidade tem a nossa cara. E o mundo será melhor ou pior na próxima década, segundo o somatório daquilo que eu, você e todos os demais indivíduos fizermos. Mas pouca gente pensa seriamente nisso.
Nós fomos criados e educados por quinze, vinte ou mais anos, sempre tratados como crianças ou imbecis e desenvolvemos um sentimento de impotência e de culpa, que nos leva de imediato a buscar desculpas e a responder – Não fui eu ! – rapidamente a qualquer pergunta. Além disso, temos o mau hábito de arranjar desculpa para todos os nossos fracassos e mazelas, com frequência, jogando a responsabilidade em outras pessoas.
Consciente ou inconscientemente, somos cínicos e hipócritas porque acreditamos que a providência divina deve salvar a nossa alma; a presidência acabar com a corrupção e a inflação, o estado tem a obrigação de prover segurança e o prefeito de asfaltar as ruas. A empresa deve nos reconhecer e conceder aumentos, os chefes tem a obrigação de nos promover e cabe aos professores nos dar boas notas. Esposas e maridos devem cuidar do lar e dos filhos. Sempre achamos que os outros é que devem fazer alguma coisa!
E quando alguém nos pergunta o que achamos da humanidade, despejamos todo o nosso recalque, desafogamos as nossas mágoas e, na base do três por um, os adjetivos são sempre dotados de forte conotação negativa, ressaltando problemas de uma humanidade que não seria a nossa. Cinicamente, agimos como se fôssemos marcianos e não temos escrúpulos em apontar todos os males que sabemos existir, mas dos quais não gostamos de compartilhar a responsabilidade. 

  – E nós mesmos, afinal, fazemos o quê?

 

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Diligência


Diligência, em ética, é a virtude humana de seguir um objetivo de vida, conquista ou qualquer tipo de princípio por meios convencionais até chegar ao fim do objetivo. É também uma das sete virtudes do cristianismo.
A palavra diligência vem do verbo latino diligere, que significa amar; diligens (diligente) significa aquele que ama. Remédio para a preguiça, a virtude da diligência consiste no carinho, alegria e prontidão (diferente de pressa) com que pensamos no bem e nos dispomos a realizá-lo da melhor forma possível.
Diligência é uma habilidade adquirida que combina persistência criativa, esforço inteligente, planejado e executado de forma honesta e sem atrasos, com competência e eficácia, de modo a alcançar um resultado puro e dentro do mais alto nível de excelência. [Provérbios 22:29]
Assim, concluímos hoje a nossa série SALIGIP, uma releitura soft das virtudes capitais através de um olhar caridoso, que propõe a vivência sadia e virtuosa pela escolha livre do bem, em contraposição às antigas práticas religiosas castradoras que ameaçavam com o mal.
Recuso-me a acreditar em um Deus que seja ameaçador, autoritário e justiceiro, quando o próprio Jesus resumiu os dez mandamentos em apenas dois, que só falam de amor.
Desejo a todos um carnaval alegre e virtuoso.
 
 

 

 

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Caridade


 


Hoje, abordamos a virtude da caridade, também traduzida corretamente como amor verdadeiro, que tem sua origem na palavra grega "agapé". Em nosso idioma a palavra amor assume diversas interpretações possíveis como amor sensual (eros) e amor pessoal (filos). No original grego, assume um significado especifico, que tem mais sentido como um comportamento virtuoso, uma escolha feliz, do que propriamente com sentimentos.
Caridade é um estado de espírito ou uma ação altruísta de ajuda a alguém, sem busca de qualquer recompensa. A prática da caridade é notável indicador de elevação moral e uma das atitudes que mais caracterizam a essência boa do ser humano, sendo, em alguns casos, chamada de ajuda humanitária.
Termos afins: amizade; amor ao próximo; bondade; benevolência; compaixão; indulgência; perdão e simpatia.
Na sequência dos pecados capitais, caridade é a virtude que se opõe à inveja.