quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Felicidade


Passamos a vida buscando a felicidade, procurando um tesouro escondido.
Corremos de um lado para o outro esperando descobrir meios de ser feliz.
Esperamos que tudo que nos preocupa se resolva como num passe de mágica.
E achamos que a vida seria tão diferente, se pelo menos fôssemos felizes.
E, assim, uns fogem de casa para serem felizes e outros voltam para casa para serem felizes.
Uns se casam e outros se divorciam para serem felizes.
Uns fazem viagens caríssimas e outros trabalham além do normal para serem felizes. Uma busca infinda e anos desperdiçados.
Nunca a lua está ao alcance da mão, nunca o fruto está maduro, nunca o vinho está no ponto.
Sombras, lágrimas. Nunca estamos satisfeitos.
Mas, há uma forma melhor de viver.
A partir do momento em que decidimos ser felizes, a nossa busca da felicidade chegou ao fim.
É quando percebemos que a felicidade não está na riqueza material, na casa nova, no carro novo, naquela carreira, naquela pessoa. E jamais estará à venda. Enquanto não conseguimos achar satisfação dentro de nós para termos alegria, estaremos fadados à decepção.
A felicidade nada tem a ver com conseguir. Consiste em satisfazer-nos com o que temos e com o que não temos. Poucas coisas são necessárias para fazer feliz uma pessoa sábia, ao mesmo tempo em que nenhuma fortuna satisfaria a uma inconformada.
As necessidades de cada um de nós são poucas, embora ilimitadas segundo os economistas.
Enquanto nós tivermos alguém para amar, alguma coisa por fazer, algo a esperar, poderemos ser felizes.
É bom lembrar que a felicidade está onde nós a colocamos. O problema é que, geralmente, a pomos onde não estamos. A verdadeira fonte de felicidade está dentro de cada um de nós e deve ser compartilhada. Repartir nossas alegrias é como espalhar perfumes sobre os outros: sempre algumas gotas acabam caindo sobre nós.
Minha avó dizia que o mau humor é como um burrinho que se esconde dentro das pessoas e não lhes permite que sejam felizes. A solução, segundo ela, é pegar uma varinha e surrar o próprio corpo até que o burrinho se canse de apanhar, fuja e vá embora. Isso acontece quando você, percebendo o ridículo da situação, resolve parar, rindo de si mesmo.
Aí, você volta a se sentir feliz !
Bene

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