terça-feira, 19 de março de 2013

Paixão = diferencial competitivo


O gerenciamento de pessoas é uma arte que precisa ser aperfeiçoada constantemente. Caso tivesse que resumir os estilos de gerenciamento que vivenciei em mais de 20 anos lidando com pessoas, diria que existem basicamente dois. O primeiro é impessoal, pouco sensível e pode soar artificial. O outro é baseado em empatia, respeito e confiança mútua, em que a interatividade com o funcionário é pessoal, única e exclusiva. Pessoalmente, dou preferência ao segundo estilo, embora tenha que lançar mão de elementos do primeiro ocasionalmente.
Não questiono a relevância dos conhecimentos técnicos e acadêmicos dos profissionais com os quais trabalho. Mas, muitas vezes, os que se destacam são os que conseguem combinar a intuição com a razão. Sentem e demonstram uma paixão pelo trabalho que fazem. Não me refiro aos "viciados em trabalho", mas àqueles que sabem ousar e expressar o que pensam, agindo como modelos para todos.
Não há dúvida de que as empresas precisam estar atentas aos aspectos motivacionais dos seus colaboradores, pois eles têm um papel fundamental nos resultados da organização. Funcionários "apaixonados" acabam transmitindo esse sentimento aos demais colegas e também aos clientes.
Além de oferecer benefícios atraentes e compatíveis com o mercado, precisamos investir no aperfeiçoamento do profissional. É importante estimular um ambiente de trabalho agradável, oferecer tarefas desafiadoras e criar programas de qualidade de vida, além de realizar treinamentos e subsidiar cursos.
Na minha opinião, a relação de confiança da empresa com os seus executivos, principalmente aqueles que respondem pelas questões estratégicas e confidenciais, é fundamental para que a parceria seja bem-sucedida. Os objetivos e metas de ambos devem estar alinhados. Enquanto o colaborador tem a oportunidade de desenvolver suas habilidades e conquistar desafios, a empresa deve garantir recursos para que isso aconteça. É um investimento mútuo, sem perdedores.
Os processos de desenvolvimento de talentos devem ser constantemente renovados, pois o sucesso do negócio está diretamente relacionado ao desempenho e, sobretudo, à satisfação que as pessoas têm pelo que fazem. A paixão pelo sucesso faz a diferença!


Theo van der Loo –  presidente da Schering

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