POLÍTICA |
Passadas as eleições, com toda
carga emocional que costuma afastar a necessária racionalidade para o trato de
assuntos tão importantes, fui surpreendido por um fato extraordinário: o sol
nasceu normalmente no dia 8 de outubro.
As urnas costumam surpreender as
expectativas e não obedecer às tendências captadas pelas pesquisas eleitorais.
(especialmente as eletrônicas). Caras novas aparecem, coronéis são esquecidos,
o PT perde espaço enquanto a coligação que apoia o governo se mantém mais ou
menos na mesma. O meteoro paulistano se apagou e a polarização ficou entre o
veterano Serra (antipático, sério e de comprovada experiência) e Haddad (inexperiente,
sorridente produto de Lula/Maluf & Cia).
Festas dos vencedores, choro e
desculpas dos derrotados. Novas alianças e argumentos nem sempre coerentes com
os da semana anterior são sacados por aqueles que foram empurrados ou
conseguiram se alçar ao segundo turno.
Crimes eleitorais e comuns, sujeira
nas cidades com o resíduo dos santinhos (?), retorno às atividades rotineiras,
folga para os servidores que trabalharam no processo eleitoral, impugnações, crise
econômica e provável condenação de caciques petista no STJ.
Lula afirmou, com a sua
inconsequência de sempre, que o povo estava mais interessado em saber se o
Palmeiras cairia do que no resultado do mensalão. Talvez o segundo turno nos
ajude a descobrir quem tem razão.
“O resultado das eleições não deve
ser motivo de preocupação, se é verdade que o mundo vai acabar em dezembro de
2012”, publiquei no Facebook.
Indiferente a tudo isso, o sol
brilhou novamente no dia 8 de outubro, como tem feito e fará por milhares ou
milhões de anos.
SIic transit gloria mundi
ResponderExcluirSIic transit gloria mundi
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