Começa a Semana
Santa, momento em que o aparente fracasso se transforma em vitória, o que era
considerado maldição pelos judeus, isto é, a morte na cruz, transforma-se em
glória. Foi a realização plena daquilo que já era previsto no Antigo Testamento,
nas palavras sábias e inspiradas proferidas pelos profetas.
Jesus, em toda a sua paixão e morte na cruz, mostra que a violência não é vencida com outra violência e com vingança. Revela também que o sofrimento nunca pode ser causa de desânimo e de perda total de esperança. Deve ser sim, fonte de atenção aos apelos do momento e ao caminho de conquista de uma cultura de paz.
Ater-se ao mundo da violência é deixar de ser a imagem, a semelhança, ou a forma de Deus. É ir na contramão dos indicativos e dos princípios cristãos, de ter capacidade de perder algo para evitar a violência. Nesta atitude está o começo de uma nova humanidade, dando sentido à vida como sendo de Deus e não somente nossa.
No mundo do desequilíbrio, do estresse e da violência, temos que estar atentos aos fatos, ao livro da vida e responder a eles de forma coerente e convencidos de que o bem, a paz e a vida saudável são realidades possíveis. Foi justamente isto que Jesus, na Semana Santa, quis deixar claro em suas atitudes. Esse deve ser o nosso modelo, independente de crenças ou confissões religiosas.
Interessante que Jesus sofre e é massacrado justamente por ter sido justo. É o caso do ímpio que persegue o justo, porque este fala a verdade, atitude que ofende quem pratica a inverdade. Mas em Jesus acontece a vitória do derrotado, o sucesso do fracassado, a glória da humilhação e a vida que nasce da morte.
Não é fácil !
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