segunda-feira, 23 de abril de 2012

Faça-se a luz !


Em 1854, o mecânico alemão Heinrich Göbel construiu a primeira lâmpada incandescente usando fios de bambu carbonizados como filamento, que foram inseridos em um bulbo de vidro após a retirada de todo o ar interno. Esta lâmpada foi conectada a uma bateria e usada para iluminar sua loja em Nova Iorque, mas tinha pouca durabilidade.

Em 1876 Thomas A. Edison, após inúmeras tentativas infrutíferas, conseguiu aperfeiçoar um modelo mais durável e com possibilidades comerciais. Começava efetivamente a era da luz elétrica nas casas e nas cidades.

Por mais de cem anos as lâmpadas incandescentes dominaram o mercado e se tornaram produtos indispensáveis ao trabalho e ao conforto moderno, apesar de serem dispendiosas, frágeis e aproveitarem como energia luminosa menos de 10% da energia elétrica consumida, uma vez que cerca de 90% era irradiada em forma de energia térmica.

Chegamos ao século XXI, com novas conquistas tecnológicas e exigências advindas da consciência ecológica que, de repente, está transformando em vilões muitos produtos e conquistas do passado, como o petróleo, o carvão e a lâmpada elétrica. Tudo em nome da salvaguarda do meio ambiente que quase destruímos e agora procuramos preservar, embora não sabendo exatamente como.

As velhas lâmpadas incandescentes estão com os dias contados. Nos USA e na Europa, já não se fabricam mais lâmpadas de 100 watts. As de 60 e de quarenta também serão proscritas em poucos anos, substituídas por produtos mais eficazes e menos poluentes, como as lâmpadas frias (fluorescentes) e as novas lâmpadas de Led, que consomem menos energia, duram cerca de 20 anos e custam algo em torno de R$ 50,00. Isso, sem falar na facilidade de substituição por terem forma e bocal compatível com as velhas incandescentes. Basta tirar uma e por a outra.

As nostálgicas imagens das lâmpadas amareladas do nosso tempo serão brevemente substituídas por novos e eficazes focos luminosos, cujo reinado certamente será menor do que foi o das suas longevas ancestrais.

Sic transit gloria mundi.

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