Em 1854, o
mecânico alemão Heinrich Göbel construiu a primeira lâmpada incandescente
usando fios de bambu carbonizados como filamento, que foram inseridos em um
bulbo de vidro após a retirada de todo o ar interno. Esta lâmpada foi conectada
a uma bateria e usada para iluminar sua loja em Nova Iorque, mas tinha pouca
durabilidade.
Em 1876 Thomas
A. Edison, após inúmeras tentativas infrutíferas, conseguiu aperfeiçoar um
modelo mais durável e com possibilidades comerciais. Começava efetivamente a
era da luz elétrica nas casas e nas cidades.
Por mais de
cem anos as lâmpadas incandescentes dominaram o mercado e se tornaram produtos
indispensáveis ao trabalho e ao conforto moderno, apesar de serem dispendiosas,
frágeis e aproveitarem como energia luminosa menos de 10% da energia elétrica
consumida, uma vez que cerca de 90% era irradiada em forma de energia térmica.
Chegamos ao
século XXI, com novas conquistas tecnológicas e exigências advindas da
consciência ecológica que, de repente, está transformando em vilões muitos
produtos e conquistas do passado, como o petróleo, o carvão e a lâmpada
elétrica. Tudo em nome da salvaguarda do meio ambiente que quase destruímos e
agora procuramos preservar, embora não sabendo exatamente como.
As velhas lâmpadas
incandescentes estão com os dias contados. Nos USA e na Europa, já não se
fabricam mais lâmpadas de 100 watts. As de 60 e de quarenta também serão
proscritas em poucos anos, substituídas por produtos mais eficazes e menos
poluentes, como as lâmpadas frias (fluorescentes) e as novas lâmpadas de Led,
que consomem menos energia, duram cerca de 20 anos e custam algo em torno de R$
50,00. Isso, sem falar na facilidade de substituição por terem forma e bocal
compatível com as velhas incandescentes. Basta tirar uma e por a outra.
As nostálgicas
imagens das lâmpadas amareladas do nosso tempo serão brevemente substituídas
por novos e eficazes focos luminosos, cujo reinado certamente será menor do que
foi o das suas longevas ancestrais.
Sic
transit gloria mundi.
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