O gerenciamento eficaz dos recursos humanos começa
pela delegação eficaz, pela melhor utilização de tempo e dos talentos das
pessoas. Frequentemente delegamos por necessidade: simplesmente temos mais
trabalho à nossa frente do que somos capazes de fazer.
Isso não é novidade. Consideremos o caso clássico
de Moisés e Jetro. Enquanto conduzia os hebreus pelo deserto, Moisés estava se esgotando
para fazer tudo o que era possível pelo povo de Israel, tratando de todas as
questões, grandes e pequenas. Jetro, seu sogro, observava tudo isso e um dia
aconselhou: “O que fazes não é bom.
Certamente esgotarás a ti mesmo e a teu povo, pois essa é uma carga demasiado
pesada para ti; não és capaz de levá-la a cabo sozinho”.
Jetro, então, aconselhou Moisés que tomasse duas
atitudes. Primeiro, deveria ensinar ás pessoas os princípios e as regras que
orientavam seu julgamento de forma que não fosse preciso que o procurassem para
decidir todos os assuntos. Segundo, Moisés deveria escolher seguidores fiéis e
lhes delegar os assuntos de pequena monta, de modo que só chegassem a ele os
assuntos mais importantes.
Aceitando o conselho, ele escolheu um em dez, um em
cem, um e mil, e delegou poderes para resolução de problemas nos vários níveis.
Talvez tenha sido formalizada ali a primeira hierarquia administrativa em forma
de pirâmide.
Passados mais de trinta séculos, nós ainda temos
dificuldade em delegar por depositarmos pouca confiança em nossos subordinados
e incapacidade de reconhecer e administrar a nossa própria insegurança. Muitos
de nós ainda somos reféns de paradigmas ultrapassados da Revolução Industrial.
Esses paradigmas já não são válidos no complexo ambiente multicultural do nosso
trabalho, onde temos a Geração X e veteranos, boomers e Geração Y, cada tribo com seus usos e costumes.
Quem, em sã consciência, não gostaria de ter mais
tempo para viver melhor e para pensar estrategicamente enquanto pessoas, com
salários menores do que o nosso, executassem as tarefas diárias que sempre
realizamos?
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