No Crematório da Vila Alpina, que fica em São Paulo e é o maior do país, a procura quase que dobrou na última década. Em 1998, o local fez cerca de 2.900 cremações. No ano passado, perto de 5.300.
“O crescimento da cremação no Brasil é evidente e não tem volta", afirma Celso Jorge Caldeira, superintendente do Serviço Funerário de São Paulo.
Para ser cremada, a pessoa precisa ter deixado uma declaração reconhecida em cartório e assinada por testemunhas. Caso isso não tenha sido feito, só parentes em primeiro grau podem autorizar a cremação.
Das grandes religiões, o judaísmo e o islamismo ainda não são favoráveis à cremação. A Igreja Católica, que já condenou, hoje aceita esse procedimento.
Os motivos que levam à cremação são muito íntimos. Mas, de maneira geral, de acordo com especialistas, os brasileiros estão se desfazendo da impressão de que reduzir o corpo a cinzas significa apagar completamente a lembrança do ente morto. As pessoas estão mais flexíveis. As pessoas estão trocando o túmulo pelas lembranças.
Apesar de crescente, a cremação ainda é tímida no Brasil. Na cidade de São Paulo, segundo o Serviço Funerário Municipal, 8% dos corpos são cremados, muito longe dos 75% da Suíça e dos 98% do Japão.
Sou doador de órgãos e desejo ser cremado e que as cinzas sejam lançadas ao mar. Tenho essa decisão registrada em cartório desde a década de 80, e meus amigos e familiares sabem disso.
Bene
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