No início do século XIX, com o esgotamento do ouro nas Minas Gerais, a economia brasileira se deslocou para o Vale do Paraíba, movida pelo fenômeno do ciclo do café.
A monocultura do café trouxe a expansão cafeeira na região, ocupando montanhas e vales, possibilitando o surgimento de cidades e vilarejos, dinamizando e enriquecendo importantes centros urbanos da época, como Taubaté, Pindamonhangaba, Guaratinguetá, Lorena e Bananal.
O núcleo principal da história de Redenção da Serra está ligado à abolição da escravatura – Lei Áurea, de 13 de maio de 1.888.
Com a extinção do tráfico negreiro em 1850, a Lei do Ventre Livre em 1871, e a Lei dos Sexagenários em 1885, a ideia da total liberação dos escravos já era aceita entre os conservadores e liberais da região.
Em Santa Cruz do Paiolinho chegaram também os ecos da campanha abolicionista e, aderindo ao movimento cívico, foi o primeiro município paulista a conceder liberdade aos negros no dia 10 de fevereiro de 1888, portanto, noventa dias antes da Lei Áurea.
Segundo documento assinado pelos ilustres moradores do Paiolinho, nessa data declaravam livres os seus escravos, que continuariam trabalhando mediante um salário convencionado.
No mesmo documento, motivados pelo sentimento abolicionista que tomava conta do país, resolveram trocar a designação do município de Santa Cruz do Paiolinho para Redenção da Serra.
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