Mare nostrum ("nosso mar", em latim) era o nome dado
pelos antigos romanos para o mar Mediterrâneo. Ampliando o significado para o
conjunto de oceanos, que representam mais de 75% da superfície terrestre,
tecemos as seguintes considerações.
O professor de climatologia na
USP Ricardo Augusto Felício fez doutorado sobre a Antártida e, quando esteve no
programa do Jô, afirmou com todas as letras: “o aquecimento global é uma
mentira”. Segundo ele, não existem provas científicas desse fenômeno. Comentou
que o nível do mar não está aumentando e que o gelo derrete sim, mas depois
volta a congelar, porque esse é o seu ciclo. O professor lembrou ainda que o El
Niño, um fenômeno natural, faz esse nível variar cerca de meio metro.
Destruindo mito em cima de mito,
com muita segurança e simpatia, o jovem cientista explicou:
1)
Mais da metade dos cientistas do mundo, até a Perestróica
e posterior queda do muro de Berlim, ficava construindo cenários para que o
complexo político-econômico-militar do ocidente estivesse preparado para
eventuais conflitos. Com o fim da guerra fria, continuaram construindo
cenários, agora sob a ameaça do aquecimento global.
2)
Lembrou que o nome em inglês da floresta
amazônica é rain forest – floresta da
chuva. Portanto, a Amazônia não é o “pulmão do mundo”. A chuva não cai porque a
floresta existe. A floresta existe porque a chuva cai. O clima é resultado da
influência marítima.
3)
Ricardo também afirmou que o efeito estufa é uma
física impossível e que a camada de ozônio é um problema que não existe. O
conto do buraco na camada de ozônio, que transformou o CFC em vilão universal,
coincidiu com a quebra de patentes, tornando livre e baixando o custo do gás. Os
empresários lançaram no mercado o HCFC, com patentes para mais vinte e cinco
anos e a um custo dez vezes superior. Para tanto, o sistema conta com o
respaldo de cientistas “chapa branca” ligados a grupos empresariais, que
chegaram a falsear relatórios do IPCC para defender a sua tese.
4)
A humanidade, que chegou aos 7 bilhões, vive
sobre as terras emersas que são menos de ¼ da superfície terrestre e pouco pode
fazer para interferir no clima global. As causas e efeitos do bicho homem serão
sempre apenas locais.
Como velejador e amante das
coisas do mar, acredito que é chegado o tempo de voltarmos nossos olhos para os
oceanos – mare nostrum – parcela
maior do nosso planeta. Um olhar sem o farisaísmo do discurso da sustentabilidade
ou do fundamentalismo das ONGs. Vamos fazer o que deve ser feito, apenas porque
é o que deve ser feito, sem a desculpa (ou a culpa) de ter que salvar o
planeta.
A Terra, que já passou por vários
ciclos glaciais e de aquecimento, se basta. É tempo do ser humano pensar e agir
como ser humano, fazendo e exigindo qualidade em tudo para assegurar um legado
justo às próximas gerações.
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