Temos os jovens das gerações X,
Y e Z com características distintas. O mercado de trabalho, altamente complexo
e com participação crescente da mulher também se transformou. E os idosos, da
terceira (ou quarta) idade, ainda trabalham, dirigem, namoram, fazem sexo,
velejam e postam mensagens como esta nos seus Blogs.
No Brasil dos anos setenta,
quando nossa pirâmide populacional ainda apresentava base alargada e pico
afilado, a população era dividida em três categorias: muitos jovens, adultos
trabalhadores e poucos velhos. Hoje, a pirâmide assumiu a forma de mitra, com o
estreitamento da base e o crescimento da terceira idade com muito mais
exigências e potencialidade do que antes.
Somos sete bilhões de habitantes
na espaçonave Terra, cada um diferente do outro, com nossas próprias
personalidades, nossas crenças e nossas experiências. Não podemos ser
aprisionados em categorias uniformes, apenas com base em critérios etários que
ditam normas de expressão e relacionamento ultrapassados, desconsiderando toda
a singularidade individual.
Como somos indivíduos, há uma
lógica inteligente: somos singulares, cada um diferente do outro por nossa
vivência, formação e personalidade. Singularidade é um ponto de mutação.
Singularidade é o ponto onde todas as leis falham. Uma nova ordem, um novo
equilíbrio emerge a partir da singularidade.
Pensar velhice hoje é romper
paradigmas firmados apenas na cronologia do curso da vida e na atribuição de
significados homogêneos a ela. Como bem diz o Prof. Mário Sérgio Cortella: “Gente não fica velha. Quem fica velho é
automóvel, geladeira e sapato. Gente fica pronta!”
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