A população do planeta
chegou a 7 bilhões no dia 31 de outubro de 2011. É claro que se trata de marca
apenas simbólica, pois a ONU assegura que as estatísticas são baseadas em
bancos de dados cuja precisão oscila em torno de seis meses. Assim, o terráqueo
de número sete bilhões pode ter nascido na Russia, India, Tailândia, Canadá,
Grécia ou Tuvalu. A julgar pelas probabilidades, o evento deve ter ocorrido
abaixo do equador onde as taxas demográficas são mais dilatadas do que no chamado
primeiro mundo.
Assim como o ano novo
não costuma trazer mudanças significativas, também essa marca deverá cair no
esquecimento e as pessoas continuarão fazendo o que sempre fizeram, da mesma
forma, como se as consequências de longo prazo não tivessem a menor
importância.
Nos anos oitenta,
quando discutia a questão demográfica em minhas aulas de economia, na
Universidade de Taubaté – UNITAU – admitindo como limite uma população mundial
de 8 bilhões, costumava questionar as altas taxas de natalidade do terceiro
mundo que multiplicavam a pobreza e contribuiam ainda mais para a concentração
de riqueza na Europa e nos Estados Unidos.
Hoje, assistimos a decadência
do sistema econômico mundial, com sucessivas crises naqueles mercados e a
falência do sistema financeiro criado em Bretton Woods no final da 2ª. Guerra.
Em contrapartida, temos a ascensão dos BRICS (Brasil, Russia, India, China e
Singapura).
Com demagogia e
assistencialismo muito se fala da fome no mundo. Bilhões de pessoas vivem
abaixo da linha da pobreza e sofrem toda a sorte de privações. E não é por
escassez de recursos, o problema é de distribuição desigual. A produção mundial
de alimento é mais do que suficiente para saciar a humanidade com 7 ou 8
bilhões. A questão que se impõe é que os produtores não tem o objetivo e nem a
obrigação de satisfazer os pobres. Eles são empresários e oferecem os recursos
àqueles que possam pagar por eles. O econômico é amoral. Não podemos acusá-lo
de imoral, mas também não devemos esperar filantropia.
Quem desejar salvar o
mundo, sejam pais de família ou governantes de países, deve concentar seus
esforços na educação, indo além da pedagogia tradicional e ultrapassando o
conhecimento meramente acadêmico e investindo no desenvolvimento e capacitação
do ser integral, promovendo também o aprendizado das competências não
cognitivas, com as melhores práticas de cidadania e vivência de valores
(princípios universais) que devem ser resgatados.
Mais importante do que
dar o peixe (bolsa família) é ensinar a pescar (educação técnica e
profissional), passando da dependência do assitencialismo tradicional para a
autonomia do empreendedorismo adequados à era de aquário, que já chegou.
Muito bom, Ninho !!!
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