quinta-feira, 15 de setembro de 2011

A LÍNGUA NOSSA DE CADA DIA


Tudo bem que a nova tendência é a economia de tempo e de espaço. A azáfama dos novos tempos faz com que sejamos engolfados pela neurose da falta de tempo. As inovações tecnológicas, que deveriam servir para nos poupar tempo e aumentar a qualidade de vida, acabaram por nos escravizar por completo: smartphones, tablets, notebooks, banda larga, wire less, blue tooth e assemelhados, longe de nos libertarem, nos mantêm ligados full time e nos levam a twitar com brevidade criando novas formas de escrita e utilizando emoticons.

 Vc naum acha d +?  Bjs.   Kkkkkkk  J 

Algum tempo atrás, eu cheguei a prometer que seria mais breve nas minhas postagens, seguindo a tendência e pensando em tornar a leitura dos meus textos mais acessível para os mais jovens. Hoje, decidi exatamente o contrário. Não vou me nivelar por baixo e aceitar a tendência emburrecedora que assola o país na esteira da desconstrução educacional de um estado que deve ter discutíveis motivos para tanto.

Não preciso economizar tempo nem espaço. Tempo é tudo o que me resta, uma vez que estou aposentado e com filhos criados. E mais, estudei latim, grego e bastante português. Já plantei árvores e escrevi livros, mas ainda estou bastante vivo, com direitos a usufruir e deveres de cidadania para cumprir.

Uma das formas de exercer a cidadania, além de votar em quem merece, deve ser o de ajudar a melhorar a educação do meu povo.

Continuarei a tecer as minhas considerações com a possível objetividade, mas sem abrir mão de algum esmero na prolação vocabular, que caracteriza o bom uso do vernáculo, estimulando dessa forma os meus leitores a compulsar o “pai dos burros” e, eventualmente, conquistar alguma erudição.

Essa estratégia já foi utilizada nos tempos do Banespa, quando eu inseria uma ou duas palavras pouco usuais no “Recado do Bene”, por um pouco mais de duzentas semanas.

Você não acha formidável*?
 

 Bene
 

* confira no dicionário a 1ª acepção de formidável




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