sexta-feira, 24 de junho de 2011

O mundo é azul !


 – A Terra é azul!
Foi o que disse emocionado o primeiro cosmonauta, Yuri Gagarin, às 9h15h do dia 12 de abril de 1961, nove minutos após decolar da base de lançamento de Baikonur, no Cazaquistão. A nave Vostok I estava a 320 quilômetros de altitude, voando a 8 quilômetros por segundo (28 mil km/h) e saindo da estratosfera para entrar no espaço.
Naquele dia, eu tinha 17 anos. Era jovem, saudável e idealista.
Embora o Professor Mário Sérgio Cortella afirme que as pessoas não ficam velhas, mas ficam prontas, porque quem fica velho são automóveis, sapatos e geladeiras; o tempo passa e cobra tributo. Os músculos perdem a tonicidade, a cintura se avoluma, fica cada vez mais difícil perder peso e o vigor da juventude vai sendo substituído pela sabedoria da experiência.
No que tange à visão, a miopia tende a regredir, mas a presbiopia exige óculos de leitura depois dos 40. Aumento de pressão pode levar ao glaucoma e a senilidade é causa de catarata, que gradualmente vai embaçando e amarelando o campo visual e pode provocar a perda da visão.
Fiz a operação de catarata no olho esquerdo há três anos e tive alguns problemas na recuperação. O que deveria passar em 7 dias, prorrogou-se por mais de sessenta. Isso me levou a postergar a intervenção no segundo olho pelo tempo que foi possível. Nos últimos tempos, aumentaram as dificuldades de leitura, de visão noturna e de ofuscamento, fazendo com que eu aceitasse a inexorabilidade de uma nova cirurgia, o que se deu no último dia 21.
Para quem não conhece o procedimento, atualmente é muito simples e seguro, com uma pequena incisão não superior a 2 mm, por onde é sugado o cristalino opaco e substituído por uma lente sintética azulada (facoemulsificação).
Hoje, 24 de junho de 2011, 3 dias depois da cirurgia de catarata no olho direito, eu e a minha mulher aproveitamos a tarde ensolarada deste inverno quente, numa sexta feira de feriado prolongado, para dar uma escapulida até o Shopping Jardim Sul.
Como a operação foi exitosa, ao sair de casa, exclamei com igual entusiasmo:
 – O mundo é azul!
             
             Bene

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