A atração sexual no século 21, ao que parece, ainda se alimenta de estereótipos do século 20. Há um exército crescente de mulheres com mais de 30 anos e bem sucedidas que têm dificuldades em encontrar parceiros, imortalizadas pelo “Sex and the City” e pelos romances de Bridget Jones.
Há mulheres-alfa que ficam com homens-alfa, mas depois, quando chegam os filhos, decidem colocar a carreira em segundo plano. Mas há um terceiro grupo: um número pequeno, porém crescente, de mulheres que ganham mais que seus parceiros, gerando um tipo de contorcionismo comportamental para manter as aparências dos papeis tradicionais dos sexos intactas.
Anek Domscheit-Berg, da Microsoft da Alemanha, que viu vários paqueras fugindo após lerem a palavra “diretora” (de comunicações) escrita em seu cartão profissional, explicou assim: “O sucesso não é sexy”. “Os homens não querem mulheres bem sucedidas, eles querem ser admirados”, disse ela. “É importante para eles que a mulher esteja cheia de energia à noite e não brincando com seu BlackBerry na cama.”
Então as mulheres ambiciosas estão condenadas a ficarem solteiras? Ou as coisas estão mudando com o crescimento do número de sucessos femininos?
“Quanto mais diferente for a atividade deles, melhor”, disse Domscheit-Berg, “porque torna a comparação imediata mais difícil”. De fato, no “Sex and the City”, Miranda, a advogada, eventualmente encontra felicidade com Steve, garçom que já fingiu ser médico, tornou-se pai e não se incomoda com seu sucesso.
FOLHA DE SP.2011
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