Uma lenda zen relata a história de um mestre que sempre mandava amarrar o seu gato durante o ofício porque o movimento do animal perturbava a meditação dos seus discípulos. O tempo passou, o mestre morreu e seu gato também. Então, providenciaram outro gato. Anos depois, alguém escreveu um tratado, muito respeitado, sobre a importância de se ter um gato amarrado durante a meditação.
Quando li essa história, logo me lembrei das empresas que muitas vezes permanecem amarradas a uma burocracia inexplicável, com cargos, funções e procedimentos administrativos que não fazem mais nenhum sentido nos tempos atuais. E, quando você pergunta a razão de agirem daquela maneira, a resposta costuma ser: “Sempre foi assim...”. Há também aqueles que defendem uma prática obtusa, alegando que no passado deve ter acontecido algo que justificou a implantação de tal procedimento burocrático. Portanto, é prudente mantê-lo.
Com o uso maciço do computador, da internet, da tecnologia da informação, muita coisa tem de ser repensada na empresa. Mais do que repensados, certos procedimentos devem ser sumariamente abandonados.
Michael Hammer, um dos pais da pouco simpática reengenharia, tinha boas intenções e carradas de razão ao afirmar: “Não informatize, destrua!”.
Isso, que é válido para as empresas e para as pessoas, deveria ser levado em conta também pelas autoridades governamentais ao promover as tão propaladas reformas legais, fiscais, previdenciárias, trabalhistas e outras que tais.
Uma ação desburocratizante seria muito mais bem vinda do que essa pletora de normas, leis e regulamentos a serem burlados por milhares de espertalhões e que só servem para complicar a vida das pessoas de bem. Parece que “o sistema” cria dificuldades para vender facilidades...
A sabedoria plena e completa pertence aos deuses, mas os
homens podem desejá-la ou alcançá-la tornando-se filósofos.
Pitágoras
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