O Brasil tem quase 8.000 km de costas banhadas pelo generoso Atlântico. E o brasileiro não olha
para o mar.
Tem rios
caudalosos e longos, em grande parte navegáveis como Amazonas, Paraguai, São
Francisco, Grande, Paraná, Tietê, etc. Rios que estão sendo assoreados e poluídos por
falta de cuidado.
Com a possível
exceção de parte do sudeste, a malha viária nacional é precaríssima.
País
continental com vocação agrícola, o Brasil apresenta muitos gargalos no seu
sistema de transporte, o que dificulta o escoamento da produção e sucateia
rapidamente os veículos, onerando os custos.
Iludido pelo
canto da sereia das indústrias automobilística e do petróleo, desmontamos o
embrionário sistema ferroviário herdado dos tempos do império. Holdings
estrangeiras criam empresas nacionais para adquirir e desativar linhas, troncos
e ramais ferroviários que poderiam ser úteis e economicamente viáveis.
A cabotagem é
um desastre, com navios que não navegam, escassos, antigos e inadequados
(inclusive aquele novo que quase naufragou ao ser batizado pelo apedeuta).
Será que não
existe uma pessoa com recurso e bom senso que possa copiar (copiar sim, porque
não precisamos reinventar a roda) as boas ferrovias européias, asiáticas ou
americanas.
O modelo
rodoviário americano, com malhas ortogonais que cruzam o país e que permitem a
um estrangeiro como eu dirigir por mais de 4.000 km sem usar GPS e sem
encontrar dificuldade para atingir os destinos, graças a mapas atualizados, boas
estradas e placas de sinalização adequadas.
Chega de
improviso, de desperdícios e de escândalos na área. Seja no ministério, seja
nos órgãos subordinados como DNIT ou DNER, está na hora de mostrar serviço.
O brado de
hoje é: MAIS TRANSPORTE E
MENOS GARGALOS!
08 09.07.12
Não é fácil, mas é possível.
ResponderExcluir