segunda-feira, 9 de julho de 2012

MAIS TRANSPORTE E MENOS GARGALOS

O Brasil tem quase 8.000 km de costas banhadas pelo generoso Atlântico. E o brasileiro não olha para o mar.
Tem rios caudalosos e longos, em grande parte navegáveis como Amazonas, Paraguai, São Francisco, Grande, Paraná, Tietê, etc. Rios que estão sendo assoreados e poluídos por falta de cuidado.
Com a possível exceção de parte do sudeste, a malha viária nacional é precaríssima.
País continental com vocação agrícola, o Brasil apresenta muitos gargalos no seu sistema de transporte, o que dificulta o escoamento da produção e sucateia rapidamente os veículos, onerando os custos.
Iludido pelo canto da sereia das indústrias automobilística e do petróleo, desmontamos o embrionário sistema ferroviário herdado dos tempos do império. Holdings estrangeiras criam empresas nacionais para adquirir e desativar linhas, troncos e ramais ferroviários que poderiam ser úteis e economicamente viáveis.
A cabotagem é um desastre, com navios que não navegam, escassos, antigos e inadequados (inclusive aquele novo que quase naufragou ao ser batizado pelo apedeuta).
Será que não existe uma pessoa com recurso e bom senso que possa copiar (copiar sim, porque não precisamos reinventar a roda) as boas ferrovias européias, asiáticas ou americanas.
O modelo rodoviário americano, com malhas ortogonais que cruzam o país e que permitem a um estrangeiro como eu dirigir por mais de 4.000 km sem usar GPS e sem encontrar dificuldade para atingir os destinos, graças a mapas atualizados, boas estradas e placas de sinalização adequadas.
Chega de improviso, de desperdícios e de escândalos na área. Seja no ministério, seja nos órgãos subordinados como DNIT ou DNER, está na hora de mostrar serviço.

O brado de hoje é: MAIS TRANSPORTE E MENOS GARGALOS!

08  09.07.12

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